Se empreender com software custa tão caro e o mercado para júnior está tão difícil, o que fazer? Virar Uber?

Este final de semana me deparei com o vídeo do canal "O Novo Programador", sobre fábricas de software. Esse vídeo me gerou alguns pensamentos e reflexões que gostaria de aproveitar para compartilhar aqui como meu primeiro post.

Um pouco de contexto antes de entrar no tema do vídeo: comecei na programação aos 15 anos, quando entrei no curso técnico integrado ao ensino médio. Concluí o curso e agora estou no último ano da graduação. Um grande erro meu nessa jornada foi não ter feito sequer um estágio — no curso técnico, nunca tentei por insegurança, e na graduação, embora tenha enviado muitos currículos, nunca fui chamado nem para uma entrevista.

Agora, prestes a me formar e vendo como está o mercado para quem está começando, percebo que dificilmente encontrarei um trabalho logo de cara. Por isso, comecei a considerar pegar trabalhos como freelancer ou até tentar empreender, buscando alguma forma de gerar renda enquanto não consigo algo fixo.

No vídeo, o Vitor fala sobre os "gurus", vendedores de cursos que vendem a ilusão de que abrir uma fábrica de software dá muito dinheiro — o que, obviamente, é pura balela para vender curso. Sei que há altos custos para manter uma fábrica de software. Na verdade, imagino que manter qualquer tipo de negócio não seja barato: há diversos custos, impostos, dores de cabeça com clientes etc.

Meu ponto é: se empreender com programação envolve tantos problemas e é tão caro, e se a maioria dos freelas é voltada para desenvolvedores com bastante experiência, como fazer dinheiro sem um emprego CLT? Entrar na "modinha" do SaaS? Penso que, na minha cabeça, se eu conseguisse empreender sozinho (sei que é uma loucura), sem sócios, mantendo uma quantidade razoável de clientes — nada ganancioso, apenas o suficiente para gerar uma renda —, isso já seria algo positivo tanto para o meu bolso quanto para minha carreira. Claro que, se eu conseguisse um emprego fixo, não abandonaria totalmente os clientes de imediato.

Deixo este texto aberto para discussões e correções, caso eu tenha dito alguma bobagem ou se tudo isso não passar de um mero devaneio da minha cabeça — desde que sejam feitas de maneira educada e sem deboches, é claro. Pretendo responder a todos que comentarem por aqui.

Texto corrigido gramaticalmente por IA

Como dizem.... Meus 2 centavos.

para quem está cursando uma graduação na área de tecnologia, meu conselho número um é: consiga um estágio na área o quanto antes, independentemente do tipo de vaga – seja em infraestrutura, suporte técnico, helpdesk, programação ou qualquer outra função. Qualquer experiência prática vai te colocar à frente e te ajudar a entender o mercado de trabalho.

Um erro comum que vejo entre estudantes é querer começar diretamente como programador. Não me entenda mal: isso pode funcionar para alguns, mas não é o caminho mais fácil para a maioria. Existem estratégias que podem facilitar sua entrada no mercado de programação, e vou compartilhar algumas delas.

Como entrar no mercado de programação? Para conquistar uma vaga como programador, eu conheço três caminhos principais:

  1. Ser excepcionalmente bom e provar isso na entrevista: Isso significa ter um portfólio sólido, projetos pessoais ou contribuições em código aberto que demonstrem suas habilidades técnicas. Dominar algoritmos, estruturas de dados. No entanto, esse caminho exige muita dedicação e prática, especialmente para quem ainda está na faculdade.

  2. Ser indicado por alguém da área: Networking é poderoso. Conhecer alguém que já trabalha na empresa e que possa recomendar você para uma vaga faz toda a diferença. Essas indicações muitas vezes abrem portas que um currículo sozinho não consegue. Por isso, participe de eventos, meetups e construa relacionamentos com profissionais da área.

  3. Crescer dentro da própria empresa: Muitas empresas têm programas de mobilidade interna, permitindo que você migre de uma área (como suporte ou infraestrutura) para programação. Começar em funções mais acessíveis, como estágio em helpdesk ou infra, pode ser uma porta de entrada estratégica. Ao mostrar comprometimento e aprender o funcionamento da empresa, você ganha confiança dos colegas e gestores, o que facilita a transição para uma vaga de programação.

No meu caso, foi exatamente o terceiro caminho que funcionou. Comecei como estagiário de suporte técnico em uma empresa. No início, meu trabalho era resolver chamados, ajudar usuários e entender os sistemas da companhia. Enquanto isso, eu aproveitava para aprender mais sobre o negócio, estudar programação nas horas vagas e construir um bom relacionamento com a equipe.

Com o tempo, meu esforço foi notado. Quando surgiu uma vaga de programador, me candidatei para o processo seletivo interno. Fiz o teste técnico, mas confesso que não fui bem. Mesmo assim, recebi um feedback que mudou tudo: “Olha, seu teste não foi dos melhores, mas como você já conhece nosso produto e temos confiança no seu trabalho, vamos te dar essa oportunidade.”

A partir daí, foi só crescimento. A equipe me apoiou, me orientou, e eu fui me desenvolvendo como programador. Hoje, vejo que essa trajetória não foi só minha – já testemunhei outros colegas seguirem caminhos parecidos, começando em áreas correlatas e migrando para programação com o tempo.

Por que esse caminho pode ser mais fácil? Programação é uma área crítica para muitas empresas. Quando abrem uma vaga, geralmente é para alguém que possa entregar resultados rapidamente, e confiar essa responsabilidade a um estagiário ou júnior sem experiência prévia pode ser arriscado. Por isso, começar em suporte, infraestrutura ou outra função técnica é uma estratégia inteligente. Essas posições te dão:

  • Conhecimento do negócio: Você entende como a empresa funciona, quais são os desafios e como a tecnologia é usada no dia a dia.
  • Networking interno: Relacionamentos com colegas e gestores aumentam suas chances de ser considerado para vagas futuras.
  • Credibilidade: Mostrar dedicação e competência em uma função inicial faz com que a empresa confie em você para assumir papéis mais complexos. Além disso, muitas empresas valorizam quem já está no time. Elas preferem promover alguém que conhecem e que já demonstrou comprometimento do que contratar uma pessoa nova, sem histórico na organização.

Dicas para quem quer seguir esse caminho Se você gostou da ideia de começar em uma área correlata e migrar para programação, aqui vão algumas sugestões:

  • Escolha um estágio alinhado com seus objetivos: Mesmo que seja em suporte ou infra, procure empresas que tenham equipes de desenvolvimento. Isso aumenta suas chances de fazer a transição.
  • Estude programação paralelamente: Use seu tempo livre para aprender linguagens, frameworks e ferramentas relevantes para as vagas que você almeja.
  • Mostre proatividade: Participe de projetos, sugira melhorias e demonstre interesse em aprender. Isso faz você se destacar.
  • Converse com a equipe de desenvolvimento: Pergunte sobre o trabalho deles, peça dicas e mostre que você está interessado em migrar para a área.
  • Aproveite programas internos: Muitas empresas oferecem treinamentos, bootcamps ou processos seletivos exclusivos para funcionários que querem mudar de área.

Conclusão Entrar no mercado de programação direto como estagiário ou júnior é possível, mas nem sempre é o caminho mais fácil. Começar em áreas como suporte ou infraestrutura pode ser uma estratégia mais acessível e igualmente eficaz, desde que você se dedique, construa uma boa rede de contatos e aproveite as oportunidades internas. Minha história e a de outros colegas mostram que, com paciência e esforço, esse trajeto pode levar você ao seu objetivo – e, quando chegar lá, a sensação de conquista será ainda mais gratificante.

Primeiramente agradeço pelas dicas valiosas, irei levar todas em consideração. Acrescento algo que vi não lembro se aqui ou em outro lugar mas uma pessoa também chegou a comentar que uma boa maneira de entrar na área é através de outros cargos como administrativos e ir acrescentando as habilidades de TI dentro do cargo e assim ir subir. Mais uma vez obrigado pelas dicas.

Boa Noite Brother

Tenho 5 anos na area e consegui uma oportunidade no final da faculdade por QI Meu sonho é ter meu SASS por realizaçao pessoal Mas onde trabalho ja tem uma estrtura toda pronta, uma engrenagem rodando Fazer um produto hoje em dia nao complicado tecnicamente ainda mas com a ia nos ajudando O trabalho é fazer a engrenagem girar e se direcionar Estou estudando cada vez mais sobre negocios, mercado, pessoas e areas em especifico no nicho em que quero atuar com um sass Me pego pensando em fazer uma ferramenta generalista ou especifica! A especifica voce pode se aprofunda em algo e esse conhecimento vai refinando seu negocio e produto Acho que os generalista sao muito bons mas demandao configuracoes complexas e consequentemente dor de cabeca ao usuario Acredito que ferramentas especificas, bem integradas, rapidas, inteligentes sao uma grande diferença

Continua tentando um trampo
Mas tb vai estudando e projetando algo Nao previsar ser perfeito apenas comecar e sanar uma dor Tb fico pensando no custo principalmente de cloud Se alguem com experiencia quiser nos orientar ai kkk

Bom dia meu bom, de fato ideias tenho um bocado no papel e colocar a coisa pra andar é que são elas. De um certo ponto de vista, minha ideia seria, ao mesmo tempo, ir estudando sobre negócios e ir aplicando para empresas. Sobre custos de nuvem vi um post por aqui em algum lugar sobre nuvens de fato até acessíveis de certo modo, não lembro ao certo sobre o título. Por fim, obrigado pelo comentário, tenho uns amigos que já trabalham na área vou conversar com eles para caso surja alguma oportunidade na empresa deles eles se lembrarem de mim .

Conseguir o primeiro emprego nunca foi fácil — e isso vale para qualquer área. A jornada não começa na faculdade, começa na sua formação como pessoa. Antes de tudo, se questione: Por que alguém deveria me contratar? Por que alguém deveria me indicar? O que eu realmente agrego? Não adianta prometer esforço só na entrevista. Dizer que vai "se dedicar muito", "dar o máximo" e outros clichês não te destacam. O que você realmente tem para entregar que outros candidatos não têm? E mais: Quão longe você está disposto a ir? Aceitaria trabalhar de graça para ganhar experiência? Sairia da empresa que te deu a primeira oportunidade na primeira proposta tentadora que aparecer? Muitos candidatos têm uma péssima mania: só enxergam o próprio lado. Esquecem que, do outro lado, há pessoas que também têm medos e inseguranças. O empregador pode estar se perguntando: Será que esse candidato vai quebrar minha empresa? Será que ele vai queimar meu filme? Será que ele vai sair assim que começar a entregar algo de valor, deixando um buraco no time? Empatia também faz parte do jogo. Mostrar que você entende o risco que o outro lado está correndo pode ser o diferencial que abre a porta.

Primeiramente agradeço pelo comentário. De fato, se eu também tivesse uma empresa ficaria com pé atrás, um péssimo funcionário pode acabar com toda uma trajetória construída, a dona de uma empresa que minha mãe trabalhava tinha um dizer que sempre ficou na minha mente "levei 18 anos para chegar até aqui, mas basta apenas que uma pessoa saia por ai falando mal para tudo acabar". Vou levar em conta suas perguntas. Mais uma vez obrigado pelo comentário

prezado, você precisa cair na real. assisti agora o "startup de um homem só" do Deschamps, vídeo de 4 anos atrás!

Cloudflare tem serviço grátis, aws tem serviço grátis, google tem serviço grátis.

pra empreender com soft, você literalmente precisa de um PC com Internet. assim já pode colocar no ar um protótipo.

quanto a experiência, quando eu formei há 20+ anos, tinha feito dois estágios de TI (mais um emprego de professor): ambos consegui com professores que tinham estagiários que eram colegas de faculdade. o networking começa no primeiro dia de faculdade.

além disso, se você editar uma wiki que seja de um projeto open source, já colocou o pé na porta. pesquisa "kernelnewbies" por exemplo, e compila o kernel do linux. eles têm uma mailing list onde o gregkh responde no mesmo dia!

programar, como todo ato de pensamento, é um músculo e exige treino constante. você não deve esperar ninguém oferecer oportunidade. quem quer vai lá e pega a oportunidade pela gola, aplica um ippon e vence a luta.

Obrigado pelas dicas, como ex-judoca adorei a analogia ao judô kkkk. Vou começar a dar uma olhada em projetos open source. Tenho alguns que uso como bitwarden e tenho umas ideias de melhoria.
Além do PC com internet, precisa de organização, ter conhecimento e principalmente, uma boa ideia. Empreender é diferente de publicar um software.

eu acho que SaaS ou Micro SaaS é pra dev que ja tem experiencia, de no minimo uns 3,4 anos que já seria um pleno, pelo menos, pois já tem um pouquinho de experiencia, menos que isso é perca de tempo/dinheiro, foque em projetos pessoais pra conseguir experiencia, também assisti ao mesmo vídeo, e concordo com tudo que ele falou, mas não tem nada fácil, saas, Micro saas, software house, nada disso é fácil, pode dar certo, pode não dar certo, eu estou criando meu saas, baseado no que ja existe com melhorias, não é fácil, mas se você não tentar nunca vai saber se vai dar certo, e dos menos pior, você ganhou experiencia, se voce quer algo não pode desistir "porque é dificil", se fosse assim ninguém fazia faculdade, se voce mesmo antes de começar já está impondo limites realmente talvez aquilo não seja pra você, mude seu pensamento de "não vou fazer porque é dificil" para "vai ser difícil, mas eu não vou desistir"

Agradeço o comentário, só discordo da parte do SaaS, o q mais vejo é júnior ou gente que nem entende nada de desenvolvimento fazendo, principalmente agora com o tal do "vibe coding"

Cara, se você acha que não tem experiência para entrar no mercado de trabalho, como acha que pode abrir uma empresa, mesmo que pequena? Eu sugiro que você faça muitos cursos e que desenvolva projetos para treinar e se sentir mais seguro. E que trabalhe para empresas antes de abrir uma.

Olá, obrigado pelo comentário. Meu principal ponto não é a falta de experiência com projetos bem dizer, atualmente estou desenvolvendo um dashboard para um dos hospitais universitários da minha universidade (são 3 hospitais) onde atuo como bolsista e estou também desenvolvendo um app para uma empresa junior que estou como trainee. Meu principal ponto é minha preocupação quanto ao mercado atual, ano que vem me formo e esses projetos são de vinculo institucional, se eu não conseguir um emprego até lá, como posso gerar uma grana por mínimo que seja? Mais uma vez obrigado pelo comentário.

Como você disse, SaaS é modinha, a grande maioria fracassa pois não são ideias originais. Quando não é robozinho de whats, é agenda, ou site de papai noel, e assim vai. Se você tem uma ideia otima, de preferencia inédita, sabe programar muito bem e é organizado, tem uma boa chance, se tiver um capital para investir no Marketing. Se for fazer só por fazer, esquece, não da certo.