Dedicação

Fazer freelas enquanto se tem um emprego full-time é algo que eu não recomendo fazer, a não ser que seu cliente esteja ciente e concorde que você não estará disponível em horário comercial para dar suporte a ele.

Quase sempre você precisa desempenhar todos os papéis.

A maioria dos freelas que eu já vi por aí, para se ter sucesso vão exigir de você que desempenhe os papéis de analista de requisitos, programador, implantador, DevOps, instrutor dos usuários e suporte.

Além das questões burocráticas como contrato, emissão de NF, boleto e etc. Não faça freelas sem contrato

A armadilha acontece quando uma pessoa que está acostumada no ambiente corporativo, que recebe tudo já meio mastigado, acha que o cliente sabe quais são as suas responsabilidades e as dele. Você vai ter que explicar para ele como as coisas funcionam.

Contrato

Novamente, não faça freelas sem contrato E nesse contrato deve conter:

  • O que será feito (ESCOPO)
  • O que NÃO será feito (para não gerar expectativas erradas)
  • Prazo
  • Responsabilidades de cada um
  • Prazos
  • Preços e formas de pagamento
  • Além de uma seção bem clara que o que mudar no escopo do projeto durante o desenvolvimento, vai impactar e todos os pontos citados acima

Nível de conhecimento

Minha recomendação geral é NÃO FAÇA FREELAS SE VOCÊ NÃO FOR NÍVEL PLENO PRA CIMA, o pessoal que é júnior não tem experiência técnica e profissional para lidar com certos tipos de situações tanto de desenvolvimento, quanto interpessoal e administrativo.

Só não concordo tanto no ponto que você diz sobre senioridade para pegar freelas, acho valido uma experiencia dessa até sendo júnior, sabemos que podemos cometer erros, mas se ficarmos pensando sempre nisso nunca iremos pegar algo do tipo.

Essa recomendação vem da minha experiência em ter que dar continuidade em projeto freela iniciados por pessoas novatas na carreira mas que não conseguiram dar conta do recado. Acabaram se queimando com os clientes. Também acho que seja uma experiência válida para quem está começando, desde que os dois lados do contrato saibam dessa condição, mas o que eu vejo é clientes que só descobrem isso tarde demais. Inclusive houve um caso de ação judicial da empresa contra o cara que iniciou o projeto, pois o cara inocentemente pegou um projeto freela muito além da capacidade dele enquanto estava fulltime no emprego. A empresa precisou de suporte, o cara não podia dar pq estava trabalhando. Era um erro de integração com um hub de marketplaces que não era algo tão trivial, a empresa deixou de faturar, tomou punição do mercado livre, e por aí a merda foi se espalhando. Por isso reafirmo: Júnior fazendo freela enquanto está em emprego fulltime, se os dois lados não tiverem isso muito bem acertado, pode dar um problemão sério.

Muito legal ter uma visão mais clara sobre o tema. Eu as vezes tenho vontade de trabalhar por conta própria, mas tenho um pouco de medo, não pela parte técnica ou com relação às pessoas, mas mais pela parte burocrática e pela pressão dos prazos. Eu sou pleno na empresa que trabalho, já passei por 3 empresas como desenvolvedor, mas ainda tenho dificuldades para determinar prazos para as tarefas.