Será o fim da era Tech como a conhecemos? Mais um desabafo de um dev cansado...
Sou desenvolvedor há 15 anos, Millennial (28 anos), e já fiz de tudo que se possa imaginar. Nunca fui medíocre e sempre fui apaixonado por tecnologia. Nunca fiquei sem emprego por ser bom no que faço, e já fundei e vendi uma startup com dois anos de crescimento e atualizações constantes. No entanto, minha geração e a geração Z enfrentam uma forte crise financeira global, que nos faz trabalhar como condenados, sendo recompensados com dinheiro suficiente apenas para pagar o aluguel do mês e comprar comida. Não estou sendo ingrato, mas, para vocês terem uma noção, vender uma startup por alguns milhares de reais não me deu autonomia para sequer comprar minha casa própria ou conseguir um carro melhor. No máximo, possibilitou-me fazer alguns pequenos investimentos e ter uma reserva de emergência.
Nos últimos meses, fiquei desempregado pela primeira vez e passei dois meses procurando emprego, tanto no Brasil quanto no exterior. Meu currículo estava bem estruturado, direto e objetivo, com a stack atualizada para o mercado de desenvolvimento web (Vue, React, Node, visto que qualquer outra tecnologia automaticamente te coloca fora das vagas). Fui chamado para apenas dois processos seletivos no exterior, mesmo tendo aplicado para mais de 100 empresas, sendo pelo menos 70% delas no Brasil. Esses processos me deixaram horrorizado.
Em uma dessas empresas, da qual não citarei o nome, passei por três testes de Attention to Detail (front-end), entrevista técnica de bugfix, ajuste de layout e entrevista em inglês com o Tech Lead, e fui aprovado em tudo. Porém, após uma semana de espera, recebi um e-mail do Tech Lead dizendo que estavam “subindo a régua” e me enviaram um teste de QI. Kkkkkkkk.
Fiquei tão indignado que fiz o teste (aqueles de 50 minutos onde você precisa adivinhar qual será a próxima figura geométrica no contexto) em 15 minutos. O resultado? Não passei no processo seletivo por ser "burro" 🤡. Erro da minha parte?
Tenho percebido que, além dessa crise global, a ascensão das IAs e principalmente a forma disruptiva com que o ChatGPT se estabeleceu no mercado nos últimos três anos têm colocado o setor de tecnologia e desenvolvimento em xeque por três motivos:
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A IA possibilita que as pessoas "aprendam" a programar de um jeito nunca antes visto, o que tem diminuído muito a barreira para novas pessoas entrarem no mercado de tecnologia.
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Muitas pessoas têm migrado de outras profissões para desenvolvimento, influenciadas por promessas de falsos gurus de que é possível ganhar 10k e trabalhar Teletrabalho (Famoso Homeoffice salve Mano Deyvin) em seis meses.
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Por causa dos itens acima, os salários em tecnologia têm despencado em uma queda livre, sem previsão de onde isso vai parar.
Mercados que produzem riqueza de fato para o planeta (produção de bens e recursos essenciais) estão perdendo profissionais, setores esses que exigem trabalhos manuais (braçais) e que hoje estão em alta valorização, pela alta demanda e o desinteresse absoluto da geração Z em mexer com isso.
O apocalipse da área de tecnologia é real. SE você está contratado por alguma empresa nos últimos 3 anos, pode não acreditar nessas palavras, mas lembre-se que você está a 1 demissão de distância dessa posição.
Amigos devs, preparem-se para os próximos cinco anos e aprendam uma profissão nova, ou empreendam para não colocarem todos os seus ovos numa cesta só. E você, o que acha disso?
Minha opinião e visão é exatamente a mesma que a sua.
Eu programo desde os meus 13 anos e já fiz diversas coisas. Hoje tenho a sorte de ainda estar empregado. Estou buscando me reposicionar para vagas melhores, mas principalmente focado em criar fontes de rendas alternativas (preferencialmente usando programação como base, porque é o que eu gosto de fazer).
Entrei no mercado relativamente tarde. Isso porque assim que entrei na faculdade percebi que faltavam coisas a serem ensinadas no sistema tradicional de ensino (entrei numa Federal, então assuntos como empreendedorismo e esse tipo de coisa é muitas vezes mal visto por muitos, inclusive professores). Tentei seguir nesse caminho por muito tempo, até ver que o dinheiro por si só não era suficiente pra me satisfazer. Chegou a pandemia e decidi me posicionar no mercado para aprender de fato aquilo que mais gosto, tecnologia.
Enfim, não quero contar toda minha trajetória profissional aqui, mas o meu ponto é o seguinte: estamos de fato entrando no apocalipse tecnológico como você bem colocou.
Pra embasar esse meu ponto, podemos verificar essa entrevista do aclamado Bill Gates. Nela ele diz o seguinte:
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Ele (ninguém menos que Bill Gates), tem medo das Inteligências Artificiais;
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Ele diz que é a primeira tecnologia que não tem limite;
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Ele cita o filme Her e diz que é possível se sentir conectado com as IAs que foram treinadas para se comportar como parceiras de vida, professores ou coisa assim.
Sendo ele uma pessoa muito inteligente, um visionário da tecnologia, acho que vale levar em conta o que ele diz. Então vamos observar com mais cuidado... ele fala que tem muitas coisas boas que a IA pode fazer, mas a entrevista termina antes dele conseguir falar das coisas ruins que ela pode fazer também. Essas coisas são as mais diversas. Basta pensar no número de ligações SPAM e no tanto de golpe que tem hoje na internet por aí.
Dai, vem a questão do empreendedorismo, que é umas das bases de nossas sociedades capitalistas. Eu não deixei isso muito claro no meu texto, mas fiz um comentário em uma das respostas, onde mostro a minha visão sobre o que acho que vai acontecer. Estamos vivendo um momento onde veremos cada vez mais euprendedores (solopreneurs). Isso significa que a necessidade de contratar outras pessoas vai diminuir com o tempo (conforme as IAs se tornem mais acessíveis - lembrando que a Meta já está colocando as IAs no Whatsapp e nas suas outras aplicações).
O livro Admirável Mundo Novo (1932) previu muito bem a sociedade que vivemos hoje. Isso porque ele percebeu uma coisa: as pessoas tem uma sede infinita por distrações (aqui uma tirinha que mostra a diferença desse livro para o livro 1984). Sendo assim, pouquíssimas pessoas vão de fato conseguir entender o que essas tecnologias estão a fazer. Basicamente, elas estão e vão ser cada vez mais usadas para fazer aquilo que é mais básico na internet: produção de conteúdo. Seja texto, áudio, foto, imagens, filmes, séries, jogos, programas interativos (software), etc.
Ou seja, além disso, ela também consegue transmitir conhecimento. Claro que tem suas imperfeições, mas isso é suficiente para empoderar indivíduos e empresas. Ou seja, se usarmos o pensamento indutivo aqui, onde isso vai chegar? Basicamente em produção virtualmente infinita.
Acontece, que vivemos em um mundo de "recursos" limitados (inclusive seres humanos). A equação não fecha.
Com isso em mente, o que vejo que vai acontecer é que questões como salário básico universal de fato são questões que em alguns anos ou décadas vão ser de fato pertinentes. Também questões como sustentabilidade e o possível fim do mundo por esgotamento de recursos também vão ter mais relevância.
Nessa loucura toda, voltando pro contexto de carreiras em programação, a barra para contratação vai só subir, já que a maioria das empresas busca por profissionais prontos (com todo o conhecimento da stack em que atuam), sendo que hoje, uma criança com as devidas bases conceituais e vontade necessária já consegue aprender. Eu mesmo sou junior (me formei a 1 ano), e sei de temas em computação que normalmente somente profissionais mais seniores discutem no dia a dia. Acontece que tenho total noção que mostrar esse tipo de conhecimento para a empresa que atuo é algo totalmente inútil. Não é do interesse da empresa me fazer crescer ao mostrar meu conhecimento. Esse interesse é meu, e devo fazer isso da forma que achar mais cabível. Ou seja, empreeender. Por que não é vantajoso mostrar o conhecimento no seu currículo, linkedIn e afins? Também o é. Mas você fica dependente de um terceiro reconhecer.
Com isso, consigo mostrar de forma tranquila, que de fato, a tendência é que cada vez mais seja possível fazer empresas com menos pessoas e usando menos recursos. Isso não quer dizer que a produção vai diminuir, quer dizer que ela vai aumentar. E daí, de novo, chega nos temas que disse que terão mais relevância com o passar dos anos. Ou seja, é bem óbvio na verdade. De fato, estamos vendo os primeiros anos de uma tecnologia que vai mudar a sociedade humana.
Outros pilares da sociedade já estão sendo afetados pelo avanço das tecnologias também, o PIX (e agora o seu primo DREX), são apenas vislumbres do que está por vir. Aqui já entramos em papos futuristas e tals, achismos meus, então vou parar por aqui. Acho que consegui embasar bem a minha opinião que concorda com a sua. Espero que tenha gostado e que seja útil de alguma forma.
(Continuação porque vi que faltaram comentar algumas coisas)
Comentaram aqui nessa publicação que essa situação é por conta de uma espécie de segunda bolha da internet. Defende o ponto de que isso tudo é uma questão de mercado, porque todo mundo achou que vai ficar rico fazendo startup.
Minha visão sobre isso é diferente. A verdade é a maioria dos problemas mais fáceis de se resolver da humanidade já foram resolvidos por pelo menos alguma empresa de tecnologia. O que quero dizer com isso? Que os maioires problemas ainda não foram: desigualdade, falta de educação, fome, miséria e outros.
De resto, em 70% a 90% dos casos, já existe uma solução para o problema, por meio de um software, serviço, ou algo assim. Empresas de tecnologia que unem serviço de atendimento de humanos ou mesmo somente com o software resolvendo esses problemas é algo comum. Então, o que acontece é que ao se criar uma nova solução pra tentar empreender, a competição já está posta. Dificilmente surgirão ideias realmente inovadoras daqui pra frente, que resolvem problemas que nunca antes foram resolvidos ou de formas nunca antes vistas. A inovação vai residir nos problemas das soluções já existentes. Ou seja, esse tipo de solução ainda vai ser valorizada. A barra técnica é mais alta, mas ainda existem caminhos. A inflação é uma regra basica do mercado, então o dinheiro vai perder seu valor com o tempo, o mercado imobiliário não vai mais fazer sentido (isso porque o espaço para construção nas cidades vai diminuindo). Enfim, basta observar o que se tornou o Japão (alguns aspectos somente, claro). O resto do mundo está caminhando pra isso, alguns mais rapidamente, outros mais lentamente. Nas grandes cidades, pequenos espaços serão a norma. Enfim, por isso que Blade Runner, Matrix, Cyberpunk, Neuromancer são produções tão boas. Pode parecer papo de louco, mas é esse o caminho que estamos seguindo. Por isso tudo que trabalhar pra uma empresa hoje em dia não é vantajoso em termos financeiros. Uma menina de 9 anos pode ganhar mais de mil vezes que um profissional que estudou e suou anos para se desenvolver na profissão. Isso porque a atenção é a coisa mais importante, como digo no texto que postei aqui no TabNews. Quem a tem, ganha dinheiro, puro e simples. Se você tem atenção das pessoas, você ganha dinheiro. Por isso, simplesmente produzir conteúdo chamativo na internet é tão lucrativo, e vai continuar sendo.
Pronto, acho que agora foi de fato.
Acho que temos várias visões sobre o tema. Cada pessoa tem uma experiência, e eu me incluo na equação.
Divagando um pouco, recentemente terminei de assistir TBBT. Eu sou como uma esponja para hábitos e pessoas notáveis, e comecei a me interessar por física. Na minha área de atuação, estou me aprofundando vastamente em teoria quantica, calculo, algebra linear, e afins. Estou me preparando para a computação quantica (que talvez nunca aconteça). Com isso, minha história é a seguinte: também sou millenial, mas programo a uns 6~7 anos profissionalmente. Eu posso dizer que sou o suco e o bagaço do estereótipo millenial: lascado e buscando meu lugar ao sol.
Atualmente trabalho em uma boa empresa, mas entendi que pra vencer nesse jogo que está se formando para os proximos anos, não posso simplesmente depender de ter um emprego fixo e estável. Isso vai se tornar cada vez algo mais irreal e ilógico. Só que eu acredito fortemente que nós mesmos somos os culpados de tudo isso estar acontecendo. Não é a IA que vai causar vários layoffs, e sim nossa própria incapacidade de criar, teorizar e aplicar. Afinal, nossa área é envolta de simples reultilizações de conceitos para sistemas CRUD em 99% das vezes. Lembra muito a bolha das .com.
Acho que no fim, tudo se resume a uma corrida. Uma corrida pra ver quais são as primeiras pessoas a darem o proximo passo em direção a proxima bolha; Como uma pessoa sensata, por mais pessimista e mesquinho que isso pareça, eu contribuo fortemente para evolução tecnológica, simplesmente para alcançar a proxima bolha antes.
Afinal de contas, caso pudesse e tivesse a idade pra isso, estaria focando em backend e devops na época das .com Estive fortemente ligado em blockchains no estouro do React Participei da criação e consume de um dos primeiros modelos de IA brasileiros enquanto Cloud Computing e microsserviços viravam febre Estou aplicando todos os meus esforços em física quantica, enquanto quase todo mundo foca em micro-saas e engenharia de prompt.
Não é sobre mim, nem quero me exibir, e nem quero que niguém ache isso. Mas sim é sobre estar a frente, estar preparado. Não dá pra salvar todo mundo, a economia mundial não permite igualdade, e eu tenho certeza que ninguém está interessado em sair da bolha agora.
Parafraseando meu caro amigo (que não conheço, mas adoraria conhecer) Raul Sena: "A crise é a oportunidade perfeita pra fazer dinheiro. Eu gosto é da crise!" E "Quando todo mundo ta indo na mesma direção, ta na hora de ir na direção oposta".
Uma nota sobre IA: Quem sabe usar faz dinheiro, quem não sabe, tem medo.
Em 2022 o pós pandemia e logo em seguida guerra da Ucrania as big techs desaceleraram, e junto com isso pôs em cheque essas startups unicórnio, e uma coisa é fato unicórnios não existem e na primeira instabilidade global - vivemos em mundo mais globalizado do que nunca e isso não pode ser ignorado - esses unicórnios não passaram pela seleção natural. Por enquanto as unicas possibilidades que parecem ser boas são IOT, cybersecurity e web3. Até o momento que a IA conseguir dominar essas áreas também.
Estive pensando esses dias e acho que é válido lembrar que não existe somente o mercado de tecnologia para empreender por exemplo, as vantagens e o que foi vendido por vários gurus faz a gente pensar que só existe esse mundo.
Tem muita gente que poderia estar empreendendo e dando super certo e diversas outras áreas, depois que eu sai um pouco dessa "bolha" e parei de pensar que o mercado de tecnologia é tudo que existe ou que eu preciso ter o melhor produto/startup do século, comecei a dormir melhor rs.
Claro que esse mercado tem diversas vantagens, apenas acho válido lembrar que existem outros caminhos que também podem te fazer feliz.
Entrei na área a dois anos atrás, fui demitido recentemente e não consigo me realocar de jeito nenhum. Infelizmente eu vou desistir, as contas estão atrasando. :(((
Discordo em alguns pontos. Não acredito que seja o fim; o mercado pode estar diferente de três anos atrás, e nada subirá para sempre. Entretanto, o mercado ainda está bom, se comparado a diversas outras áreas.
Você mencionou as frustrações que vem passando para encontrar uma nova vaga e comentou que aplicou para mais de 100 oportunidades. Como não temos informações sobre como você fez isso, como é o seu currículo ou como seria o seu desempenho nas entrevistas, é difícil comentar exatamente onde está o problema. No entanto, algo que percebo é que a forma de procurar ou ser encontrado por empresas mudou. Estamos em um cenário diferente, e aquele método de ficar enviando currículos e aplicando para vagas se tornou o mais difícil.
Hoje em dia, querendo ou não, é necessário ser visto, ser ativo em comunidades, fazer networking e criar conteúdo para as redes sociais.
Quanto à questão da IA, vejo-a mais como uma assistente para programar mais rápido do que algo que o faria "fingir" suas habilidades de programação. O ChatGPT, por exemplo, ainda oferece muito código ruim e, às vezes, até mesmo não funcional.
Sou estudante de Engenharia da Computação na UFC (universidade federal do Ceará) e confesso que ler esse post me deixou muito confuso, talvez porque ainda estou no segundo semestre e não me considero um programador porque não domino nenhuma linguagem(apesar de saber pouco de algumas)
Me veio as seguintes perguntas:
•Pra qual Área devo dedicar meus esforços?
•Em que devo me especializar ?
Esse curso pra quem não sabe é focado em sistemas embarcados.
Desde a infância Tive medo de ser inútil e esse medo me levou a estudar informática trabalhei com manutenção na adolescencia e hoje faço faculdade tenho mais ou menos 4 anos pra me formar ainda.(tenho 20 anos atualmente)
agora a pergunta que não quer calar será que estou perdendo meu tempo e que deveria focar em outra coisa ? ou devo focar mais do nunca em estudar tecnologia?
Enxergo uma coisa que não se vê ninguém falando. O impacto que essas mundanças poderão causar a nosso piscológico.
e enquanto a problematicas socias como segurança por exemplo será que a IA vai influenciar ?
Tendo em vista a proporção que isto está se tomando será que a 3 guerra mundial está proxima e que vamos guerrear desta vez com maquinas que são muito mais capazes que nós e que aprendem de uma forma totalmente difefente ?
Eu sei que tudo isso parece loucura mas são subjeções que pra mim fazem sentido. Claro não estou dizendo que vai acontecer são suposições.
obs: Não me julguem sou apenas um jovem com pouco conhecimento técnico despejando sua angustia em meio a esse caos de IAs.
Um pouco apocaliptico eu acho, eu trabalho direto com open source, uso IA apenas para revisar o que eu faço em 60% ainda me da a resposta errada. MAs, sim o mercado está mais apertado eu recebia propostas de trabalho toda a semana agora recebo proposta para contratar alguém toda a semana kkkk. Mas, isso faz parte, foi assim com low code / no code e vai ser assim com IA logo mais ela vai estar no dia a dia das pessoas mas, deve aparecer em algum momento uma demanda alta por desenvolvedores de novo.
ta terrível mesmo. se você que tem essa experiência não tá conseguindo, imagina eu que só tem 1 ano de experiência em projeto legado.
esses dias fui fazer um concurso pra motorista em uma cidade vizinha, 3k, só ensino médio.
E as vagas hoje faltam pedir doutorado pra pagar 5k e umas balinhas.
A IA nao faz e nem fara nada sozinha, existe muito marketing por trás desses bilhões investidos. Nesse momento, ela cria códigos, com muitos erros e pouca estrutura. Existe uma geração que esta se perdendo em preocupação e esquecendo do que realmente importa, focar, estudar e avançar cada vez. Sou pós graduado justamente em IA e tenho muita confiança no que estou dizendo.
Minha percepção é um pouco diferente.
O que eu acho (e é um "eu acho" bem descarado mesmo, desprovido de ciencia, rsrs) que o que tem causado o desinchaço de salários é o fato de que salários estavam realmente inchados.
Na decada passada, estavamos em plena "bolha das startups", com venture capitais despejando dinheiro a rodo por qualquer "pitch de tabnews" disponível no mercado.
Com todo mundo achando que ia ficar rico montando startup, nada mais normal que a demanda por devs - e os salarios - dispararem.
Ai a bolha das startups estourou, a pandemia passou, e quando a maré baixa é que vemos que na vdd tava todo mundo nadando pelado. As "we work" da vida (startups com muito mkt e pouca entrega de valor) quebrando, causando demissões e desinchaço de salários.
Não vejo essas pessoas migrando de profissão atrás de salários astronômicos, até porque eles não existem mais. Uma busca básica no linkedin e no glassdoor prova isso.
E IA (leia-se: um chat GPT em beta teste), meu amigo... Se alguém for depender de IA pra dar um commit decente, do jeito que elas estão hoje, essa pessoa está frita rsrs
Agora, sobre a cesta nos ovos, é uma verdade: nenhuma profissão é eterna: já foram os datilógrafos e torneiros mecânicos, hoje são os devs, amanhã serão outros. Vemos muito dev aí metendo pau na CLT, mas pegando dinheiro de PJ e fazendo sei-lá-o-que com isso (e a maioria solteiro, sem filho, sem conta pra pagar, sem nada). Era menos pior estar garantindo FGTS e seguro-desemprego mesmo. Se não é maduro pra saber que vida de dev não vai durar pra sempre, melhor deixar o papai-estado cuidando mesmo.