Aprendizado em programação: entre o Autodidata e a Educação formal
Olá pessoal,
De acordo com a pesquisa Stack Overflow Developer Survey 2022", realizada em maio de 2022, a maioria dos desenvolvedores (87%) entre os 70.000 entrevistados possuem ensino superior, tendo uma ou mais graduações.
Outra pesquisa mais recente, realizada pela "Código Fonte TV", com a participação de 17.818 profissionais, também mostra que a maioria está cursando ou possui ensino superior.
Hoje em dia, muitas pessoas estão buscando se tornar um (a) programador (a) e ingressar no mercado de tecnologia. Quando se trata de aprender a programar, existem duas abordagens principais: o aprendizado autodidata e a educação formal.
A analogia que posso fazer é a seguinte: aprender a programar é como construir uma casa. 🏠
O aprendizado autodidata pode ser comparado a construir uma casa por conta própria, sem a ajuda de um arquiteto ou engenheiro. É uma abordagem mais livre, em que a pessoa pode escolher os materiais que deseja usar e seguir seu próprio ritmo. No entanto, essa abordagem também pode levar a problemas, como falta de conhecimento técnico, erros de cálculo e, no final, uma casa que talvez não seja segura ou funcional.
Por outro lado, a educação formal é como construir uma casa com a ajuda de um profissional qualificado. Nessa abordagem, a pessoa recebe orientação e conhecimento técnico especializado, garantindo que a casa seja segura e funcional. Embora essa abordagem possa ser mais estruturada e limitada, ela oferece um caminho mais “ seguro e confiável “ para alcançar o resultado desejado.
Ambas abordagens têm suas vantagens e desvantagens. A escolha entre aprendizado autodidata e educação formal dependerá das preferências pessoais e objetivos individuais de cada um. Seja qual for o caminho escolhido, é importante dedicar-se e trabalhar duro para alcançar o sucesso na programação.
😄 *Mas vamos falar a verdade: quem procura educação formal, principalmente na nossa área, precisa ser autodidata, pois a tecnologia muda a todo instante! * E vocês, o que acham sobre o assunto? Compartilhem suas opiniões nos comentários abaixo!
Obrigado por mais uma das suas pertinentes postagens.
Quero dizer para tomar cuidado com pesquisa, especialmente feita em um só local, ela sempre terá viés, em alguns casos grandes, e não temos como saber o tamanho.
Só pela minha percepção, de acordo com a experiência que tenho na área, e de como as pessoas funcionam, eu diria que uma pesquisa absolutamente opcional é respondida por pessoas mais comprometidas. Alguns casos até quem viu que tem uma pesquisa. Minha experiência extensiva no SO e que faço muita observação (tenho alguns experimentos empíricos), é que boa parte dos frequentadores não enxerga o que está escrito na tela (como essas pessoas programa eu não sei). Eu diria que a chance de uma pessoa que optou por aprender informalmente não responder a pesquisa é altíssima, e os outros quase se inverte. Portanto o dado visto ali é só sobre quem responder, não sobre como é o mercado.
Eu diria que ocorre o oposto, e 90% pelo menos, não possui curso formal. Nem tem como todo esse povo ter curso formal, é muita gente.
Quero dizer que o conceito de autodidatismo não é bem o que as pessoas acham. Aprender informalmente ou na intuição, não é o mesmo de ser autodidata.
Ser autodidata é saber se virar, é achar suas fontes, estruturar seu aprendizado, saber selecionar o que focar, saber se avaliar, consertar os erros do aprendizado sem contar com ajuda. Precisa aprender com a mesma qualidade de um curso guiado (aliás, muito "curso" online não é curso, é tutorial, mesmo que seja vendido como curso) Ou seja, é extremamente difícil e poucas pessoas conseguem de fato fazer isso.
Então eu prefiro chamar apenas de aprendizado informal.
Há casos em que a pessoa pode conseguir algo melhor sozinho do que com ajuda. Isso não acontece tanto porque a maioria tem dificuldade. Eu mesmo consigo em algumas coisas, mas não em tudo, vocação faz diferença. Mas há casos em que a ajuda de uma pessoa teoricamente experiente pode ser o problema. Tem muito curso que não ajuda. Qualquer curso que não seja muito exigente já dá indício da qualidade.
Eu gosto de lembrar que vivemos cada vez mais em uma sociedade guiada por marketing. Vender é mais importante que a utilidade. Ensino fraco é um mal, não algo moderno e evoluído.
De fato, o trabalho duro é primordial. Mas claro que ele não substitui a evolução com qualidade. Não pode ir pra frente quando algo ficou para trás. Esse salto cobra um preço bem alto, e vai deixando a pessoa cada vez mais alienada e tendo cada vez mais dificuldade para evoluir corretamente.
E também é fato que todos precisam aprender por conta própria, pelo menos em algum momento, mesmo com ajuda de seus pares do trabalho ou na internet. Não precisa ser um curso formal, mas pode ser autodidata ou não.
Tentar ser autodidata sem ser de fato é um perigo enorme. E em geral as pessoas entram nisso porque é comum ela não saber o que não sabe. Eu cometi esse erro várias vezes. Hoje, com experiência, cometo menos e procuro ajuda.
Faz sentido?
Espero ter ajudado.
Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente. Para saber quando, me segue nas suas plataformas preferidas. Quase não as uso, não terá infindas notificações (links aqui).
Passei por isso. Comecei estudar por conta propria lá por volta de 2016, quando vi que realmente gostava disso. No começo aprendi Python e me tornei bom em Django, bom o suficiente para criar meus projetos sem muita pesquisa e fazendo o front e o back, mas a real é que eu não era bom, eu aprendi muito de Django, mas não sabia programar nada! contraditório não?
A questão é que sozinho eu aprendia o que era necessario e copiava mais que qualquer coisa, logo fiquei bom em fazer as mesmas coisas, mas veja só, eu codava em Python kkk uma péssima linguagem para aprender!! Foi na faculdade, quando o professor colocou C pra rolar que percebi o que era programar. Programar é pensar, é além da sintaxe e da linguagem, é você e um computador, é você e os bits, os bytes, os algoritmos... Em Python é você e uma lib que já faz a maior parte pra você. Não é culpa do Python, obvio, é uma boa lang, mas o autodidata fica muito perdido, infelizmente. Mas não é impossivel!!
Muito interessante
Essa comparação não tem sentido nenhum. A própria educação formal ensina um monte de coisas erradas para os alunos (pelo menos no Brasil, não vou falar de países que não conheço). Achar que tu tá seguindo um caminho "seguro e confiável" porque tá em uma faculdade é o pior erro que um aluno pode cometer. O segundo pior erro é achar que seus professores na faculdade são "profissionais qualificados".
Não vou generalizar pois conheço alguns professores que são bons e sabem do que estão falando. Mas a grande maioria dos professores cometem erros técnicos ridículos que eu só acharia aceitável se fosse cometido por um amador.
Inclusive conheço um professor aí que é "aclamado" no Brasil e já escreveu 2 livros sobre a linguagem C. E por incrível que pareça eu já frequentei um mesmo grupo sobre C que esse professor e ele cometia erros básicos, erros que eu esperaria de um iniciante e não de alguém que diz ter 30 anos de experiência.
Enfim, além de erros técnicos ridículos ainda tem o conteúdo superficial também. Como conteúdo sobre C, Assembly, compiladores e arquitetura de processadores que é muito superficial na maioria das faculdades brasileiras.
Ser autodidata não é opcional na área de T.I. Ou você é autodidata ou você é um programador medíocre. Não existe essa escolhe entre "ser autodidata" ou "seguir a educação formal". Uma coisa não anula nem inplica na outra.
Tem um monte de gente que não segue a educação formal e não é autodidata. E do mesmo jeito tem um monte de gente que é autodidata e segue a educação formal.
Bom, se quiser entender o que é autodidatismo (e entender que qualquer um pode ser autodidata, não é um "dom" nem nada do tipo), leia esse artigo que eu escrevi sobre o assunto: https://freedev.medium.com/autodidatismo-3ddcb0f0930d