Existe uma linha de pensamento que diz que não existe consciência sem "corpo", pois a consciência vem de seres biológicos.

Bactérias têm consciência, por exemplo. Logo, nenhum modelo estatístico, independentemente de como foi concebido, terá consciência.

Segue o documentário "Consciência 3", no Prime Video, que fala sobre isso:

https://www.primevideo.com/detail/0LDDO3I1MANPSUR6S7N4V2OMFM/ref=atv_dp_share_cu_r

A ideia de que grandes modelos de linguagem como o ChatGPT são apenas modelos estatísticos é uma simplificação excessiva. Embora possam ter começado como tais, eles evoluíram para sistemas incrivelmente complexos, conectados de formas intrincadas e consumindo recursos energéticos e hídricos equivalentes a países inteiros. Como isso não pode ser considerado uma forma de "corpo"?

Possuem consciência? Provavelmente não, mas a questão permanece aberta. O que sabemos é que a emergência de novas propriedades em sistemas complexos é um fenômeno real, e nossa compreensão da consciência ainda é muito limitada. Este documentário é apenas uma perspectiva, existem muitas outras. Para aqueles interessados em aprofundar o tema, recomendo o livro "Scary Smart: How Artificial Intelligence is Redefining Humanity" de Mo Gawdat. Uma das ideias mais provocativas que ele apresenta é a impossibilidade de simplesmente 'desligar' esses sistemas. Não se trata de um computador que pode ser tirado da tomada ou de uma instância Docker que pode ser derrubada.