É o velho problema de paracer/ser. As pessoas, nas redes sociais, PARECEM ser uma coisa (festicas, alegres, ricas) mas na realidade não SÃO. Isso sempre existiu, o status antes era medido de formas diferentes, mas ainda assim seu valor social era medido de acordo com aquilo que era referendado por seus pares.

Hoje isso tomou um rumo muito mais problemático. É como se todo mundo fosse "par" de todo mundo. Você segue influenciadores que tem uma vida milimetricamente planejada para parecer ótima - com corpo perfeitos, carro, casa, relacionamento, emprego dos sonhos - enquanto você vive a sua vida de proletário, de boleto em boleto. Isso é gatilho de ansiedade pra muita gente, sem falar nos problemas com corpo que geram nas mulheres (e estão começando a gerar nos homens) e os problemas irreais de salários e competitividade/empreendedorismo que gera nos homens (e que está começando a gerar nas mulheres também).

É uma vida vazia se sentido, sem circuitos sociais e que não serve pra muito coisa, senão, alimentar o algoritmo da Meta.