[SÉRIE] A Essência da Música (Parte 1)

Pequeno disclaimer

Gostaria de dizer que esse pequeno artigo é composto das anotações de meus estudos pessoais, portanto, caso algo esteja incompleto ou de forma não tão clara, gostaria que me dessem um feedback.


Que é a Música?

Primeiro, a voz é a expressão mais clara da música. Segundo, a música é a arte de organizar os sons que Deus criou; portanto, a música não vem de dentro do homem, embora ele possa organizar esses sons de modo a criar melodias, harmonias e o que chamamos em si de música.

O pai da música

  1. Ada deu à luz um filho chamado Jabal, que foi o antepassado dos que criam rebanhos e vivem em tendas.
  2. Jabal tinha um irmão chamado Jubal, antepassado de todos os músicos que tocam harpa e flauta. (Gênesis, 4)

Primeiros sons

O homem primeiro descobriu a sua sonoridade, os sons que tinham dentro dele e, aos poucos, foi percebendo a sonoridade das coisas; dos ossos, da pele de animais, de pedras, por exemplo, tudo isso havia um som.

A música, a transcendência e os critérios da boa música

Os gregos foram um dos primeiros povos a perceber essa capacidade da música de fazer o homem transcender às suas paixões, elevar-se.

Critério 1: Eles definem uma música como boa aquela que leva o homem ao bom, à verdade e ao puro.

A contra-arte, o lado oposto da música é a vaidade. E é claramente visível que ao longo dos séculos, principalmente hoje, a música trata apenas sobre a vaidade do homem; suas próprias paixões e seus sentimentos mais baixos.

Critério 2: para saber se uma música é boa ou não, deve-se analisar como o compositor organiza o ritmo, melodia e harmonia da música. Prestar atenção se ele respeita do tempo natural e não tenta sobre-salientar nenhum desses componentes.

A dissonância também faz o Belo

A boa música consegue unir a consonância e a dissonância de forma que produz o belo, há uma harmônia entre esses dois pólos.

Os gregos e a educação musical

Os gregos acreditavam que era necessário uma educação musical - principalmente para os jovens. Pois certos gêneros musicais conseguem formar de diversas formas o caráter de uma pessoa.

E, de fato, há uma estreita relação entre música e caráter. Pelo que uma pessoa escuta no seu dia-a-dia, suas músicas preferidas, é possível ter uma boa noção de quem ela é, qual o seu caráter.

Neumas e a super memória dos monjes medievais

Do século V ao XII ainda não haviam as partituras. Mas haviam os chamados Neumas, que eram símbolos que os monjes colocavam em cima das palavras para poderem se lembrar do som. E, também, os monjes daquela época passavam 20 anos decorando as várias músicas de sua ordem religiosa. Por isso a grande capacidade de memória que eles tinham - até porque a humanidade nem sempre teve papel e caneta, portanto, os ensinamentos eram passados em forma oral através da poesia (isso explica a vasta quantidade de poesias que foram produzidas desde os primórdios da literatura).

A Polifonia

A polifonia surge no século XIII no meio profano. E os precursores da polifonia foram o Magister Leonin e seu discípulo, Magister Perotin, em Páris.

O Renascentismo

No renascentismo a mentalidade era de produzir o belo apenas por ele ser belo, já não tinha mais essa união com Deus - ter tinha, mas não com tanta força como na idade média. E é aí que os artistas começam a ficar mais conhecidos, obter fama; antes, na idade média, a arte era produzida em nome de Deus, o artista não atraía atenção para si.


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