"Já leu meus textos sobre escolas de OOP? o usuário kht também costuma falar sobre isso (ele me copia :P :D)"
Sim, ja vi essa abordagem, ela parece resolver o problema de tentar conciliar visões tão distintas, lembro de ter visto você comentando que tinha interesse em reunir essas pesquisas e escrever um livro ou artigo a respeito, para tentar divulgar mais a idéia. Tecninicamente essa visão não é tão difundida por aí, seria interessante essa abordagem.
"Não estou me lembrando se o Alan Kay que criou o polimorfismo, aqui eu quero provas :D"
Acho que aqui cometi um engano, pesquisei aqui e de fato, não parece ter muita prova de que foi ele que invetou o conceito, acho que confundi pelo fato de ele descrever a orientação a objetos como organismos biológicos (como você mencionou, ele é biólogo), e o polimorfismo ser um conceito da biologia. Daí acabei por misturar as coisas. Pesquisando de forma superficial (Ctrl + F) no texto dele "The Early History of SmallTalk" o termo "polymorphism" aparece duas vezes. Nenhuma de forma tão elaborada, o que é estranho se ele fosse o cunhador do termo. Apesar de que ainda tenho a impressão de ter lido em algum lugar ele dissertar melhor sobre o tema, ou ler que ele teria criado o conceito. Mas de fato, não há base para afirmar que ele criou o polimorfismo.
Acho estranho você ainda não ter canal, o único canal em português que conheço que é mais técnico é o do Fabio Akita, mas ele se aposentou do Youtube. Já tive a ideia de criar um também, mais para servir de "anotação" para meus estudos, e também compartilhar visões por vezes "estranhas" que tenho para serem debatidas.
Por muito tempo eu usava Smalltalk como o suprassumo de OO, mas fui descobrindo que nem é um bom exemplo :D Não é estranho porque OO dele não é OO, é só o termo, ele inventou a orientação a mensagens que nem prega o polimorfismo como algo essencial. Mas muita gente usa a definição dele para aprender OO, e é onde a porca torce o rabo. É muito confuso.
Tem coisas piores em TI :D Na academia se você fizer certo vai descobrir muita coisa. Hoje até pesquisadores da área já não sabem direito, porque o mercado é muito forte em ampor o que "inventa".
A Barbara Liskov é mais inventora do polimorfismo do que ele (ela não criou o mecanismo, mas estabeleceu regras fundamentais para o que ele é hoje). Um dia farei um conteúdo sobre isso.
Preciso arrumar tempo pra fazer o canal. De qualquer forma não farei sucesso porque eu não tenho a capacidade de comunicação do Akita e serei mais chato que ele :D Fora que não sou milionário e não posso gastar todo meu tempo nisso :D Não acho que um canal é local ideal pra aprender, mas eu não tenho mais como brigar contra isso. Ele pode ser útil para algumas coisas, especialmente lives de conversas e debates.
Vou gostar do seu canal e te chamo pra colab um dia, gosto de alguns que ninguém conhece :D Quem tem conteúdo não sabe brigar com o "algoritmo" então não vinga, o Akita é fora da curva. Alguns dos mais famosos YTbers sabem lidar com isso e como disfarçar bem com conteúdo mais raso e populista, para alguns o que importa é audiência.
Não conhecia a Barbara Liskov, vou pesquisar a respeito depois.
Sobre o canal, olha, nunca fui Youtuber (tive um canal com 12 anos mas isso não importa kkkk), mas consumo essa plataforma desde os 8 anos de idade. É de longe o site de internet que mais usei. Vi vários Youtubers nascerem, crescerem e morrerem (figurativamente é claro). Muitos Youtubers hoje gigantes, conheci quando eram bem pequenos, conheci o Alanzoka que hoje tem um canal com 8 milhões quando ele tinha menos de 50k em 2012. De fato, conteúdos mais elaborados não costumam ter o mesmo espaço dos grandes. Como você disse, o Akita é fora da curva neste aspecto. Mas se tem uma dica que posso te dar como consumidor dessa plataforma é: um vídeo no Youtube é um produto audio-visual. Portanto, ele deve ser pensado como tal. Isso significa que mesmo que o seu foco seja no conteúdo/texto (o que é admirável), outros aspectos devem ser pensados.
Dando um exemplo: é comum alguns criadores que focam em um conteúdo mais sério, ter um fundo com uma estante cheia de livros. O que pode funcionar (geralmente funciona com um público mais acadêmico), porque isso, semioticamente, comunica que você é alguém culto e inteligente. Mas ao mesmo tempo, comunica algúem academicista e arrogante. Para o público geral isso soa bem desinteressante. Eu sei que pode parecer besta (até porque é). Por que se importar com isso e não apenas com o conteúdo da mensagem? Idealmente isso deveria acontecer, mas na prática não acontece. E talvez elas nem estejam erradas. Como falei, um vídeo no Youtube é um produto audio-visual, e semiótica é um aspecto muito importante nessa área. Então, aspectos como estética devem ser pensados se você deseja atingir um público maior.
O Fabio Akita é um exemplo ilustre porque ele resolve essa questão do fundo de maneira bem inteligente. Repare na estante do fundo dos vídeos dele. Você encontra livros técnicos de computação por lá, mas também livros de histórias de fantasia, mangás, além de bonequinhos de animes e outros personagens de cultura pop. Com os livros técnicos, ele ainda consegue manter a imagem passada pela pessoa do exemplo anterior de ser alguém inteligente e culto, mas sem o aspecto academicista e arrogante, pois ele também possue "coisas do povo", como mangás, animes e super-heŕois, que não se espera que pessoas metidas a intelectual gostem (não estou dizendo que há algo de errado em não gostar, apenas que é a imagem que o senso comum tem de pessoas intelectualmente arrogantes). Isso, para o público, especialmente na nossa área, que tem tendência a gostar de cultural pop, especialmente os mais jovens, faz o Akita parecer alguém comum e amigável, mas muito inteligente e capacitado. O aspecto "quente" trazidos pelos leds coloridos aumentam de certa forma o conforto de se assistir ao vídeo.
Alguns outros aspectos fora dos vídeos, mas pensando no canal em geral, é ter um banner e ícone legais e modernos, que ao mesmo tempo comuniquem a essência do canal. Usando o Akita como exemplo novamente, o ícone no canal dele é ele segurando um microfone e com uma camiseta de anime. O microfone passa a imagem de alguém inteligente e comunicativo por evocar a imagem de um palestrante, e a camiseta de anime mantém ele como alguém "do povão". Também é bom manter um estilo coerente entre as thumbnails. Alguns canais tem thumbnails tão marcantes que você reconhece só pelo estilo.
Não estou dizendo com isso que você deve se alguem que não é. Não precisa colocar bonequinhos de anime no seu cenário se você não gosta. Só usei isto como exemplo de que vídeos no Youtube, gostemos ou não, tem bem mais do que texto. Mesmo que o seu foco seja na mensagem, é sempre bom pensar no invólucro. Infelizmente a nossa sociedade (e talvez a raça humana como um todo) se importa com aparências, e nem digo só a de pessoas. Se atentar a estes detalhes pode fazer a diferença se você vai atingir mais público ou não, especialmente aqueles que nunca assistiram um vídeo seu.
No mais, acho que ser chato pode ser uma vantagem. Você tem teses bem incomuns, e usando titúlos chamativos da para no mínimo fazer as pessoas clicarem no seu vídeo. O vídeo da palestra que citei no início da nossa conversa tem 28k de views e é o vídeo mais visto do canal. O segundo tem 3k de views. A diferença é brutal, e mesmo o vídeo falhando em todos os aspectos audio-visuais que falei (a imagem da camera é bem ruim e nem da para ver os slides, fora a thumbnail que é um meme do pica pau) ele consiguiu se destacar no canal por ter uma tese bem única, chamativa e provocadora.
Sobre a collab, ficaria feliz em participar, se eventualmente criar um canal dou um jeito de mandar o link.
Eu perdi o bonde. Nunca contei isso além de amigos. Eu queria ser cineasta, ou radialista (tv) ou ainda jornalista. Também queria ser piloto de F1, mas isso é coisa de criança :D. Eu não tinha talento pra essas coisas, e fui no que eu tinha e gostava. Mas semrpe ficou a vontade. Eu tentei mudar em certo momento de *burnout*. Mas me falaram que eu não conseguiria o que eu quero, sem fazer a faculdade e querer sentar na janelinha, eu teria que cobrir factual, policial, etc., eu queria fazer grandes repórtagens, escolher o que eu quero.
A internet abriu essa possibilidade, mas eu não via como monetizar, eu estava bitolado em programar. Eu tive ideias no século passado que milhares de pessoas se dão m uito bem agora porque fizeram.
Eu vi o começo do YT e torci o nariz praquela merda. Criei preconceito e nunca mais voltei. Só na pandsemia ele me reconquistou e foi me tirando da TV, vi que ele pode ser meuito melhor. Continua tendo o pior, mas eu não preciso ir atrás disso.
Mais recentemente eu vi que se eu quiser ajudar as pessoas, mesmo achando que não é o ideal, eu tenho que ir pro YT. Continuo tendo várias críticas a ele, inclusive como tratam o criador. Mas o mundo é como é, não como eu gostaria. Tenho dificuldades de me adaptar, mas tenho que fazer algumas concessões.
Muita gente se dá muito bem com conteúdo ruim. Alguns sem se comunicar bem, mas eu sei que a comunicação é o segredo e isso eu nucna serei bom, posso melhorar um pouco. Carisma é fundamental no YT. E carisma é algo difícil de definir de forma mais concreta, e pode existir até onde parece que não tem. Um bocó completo pode ter carisma. A tela, mais que tudo, e mais ainda no YT, ama o carisma, o resto é secundário. Não vou me extender mais sobre isso.
Eu poderia ter virado o jornalista que eu queria ser há muito tempo, ter monetizado e quem sabe, por ter sido dos primeiros alcançar o que eu queria, mesmo sem carisma, não sei se duraria, mas teria tempo de melhorar. Mas eu olhei para outro lado e perdi essa. Lição aprendida, espero que não cometa mais o mesmo erro. Por isso hoje eu torço o nariz pro TikTok, mas estou de olho nele, mesmo ele não me interessando, esse acho que virarei só *creator* mesmo :D.
Agora vou entrar no oceano vermelho, então sei que a chance de dar errado é muito grande, ainda mais que não farei todas as concessões que precisaria para me dar bem, farei algumas. Não vou entrar deperessão se os vídeos tiveram 3 dígitos de *views* :D
E tenho projeto de pelo menos mais um canal de outra coisa, mas isso ainda é segredo e vai mudar minha vida. Eu vou semi aposentar de TI, até porque a gente não abandona o que sempre amou.
Estou estudando o YT, começando fazer testes de vídeo., Não serei nota 10 por incompetência, mas não serei nota 0 por falta de esforço e vontade de fazer algo profissional. Não se preocupe eu sei que tenho que fazer algumas coisas, eu entendo a linguagem, não sei se vou executar como deveria. Sei disso porque eu sei como quero meus textos, mas nunca os produzo assim. è lamentável, mas eu sou assim e faço o que posso para melhorar, isso é uma história mais longa que nem quero publicar agora.
Uma merda é que minha pegada seria muito parecida com a do Akita. Ajuda ele ter parado e eu resolvi mudar uma parte. Mas serei acusado de copiá-lo, não tem jeito. Sopu parecido com ele por várias razões, mas não tive a mesma sorte que ele, e por algumas razões a mesma competência.
Eu não posso fazer o fundo que todos fazem e levaram um bom tempo as pessoas saberem porque, só verão no meu outro canal daqui um tempó maior (que curiosamente vai atrasar se o A Arte do Código vingar). Mas eu entendo isso que você está falando, tem um amigo que entende de forma mais profissional sobre AV que provavelmente vai me dar algumas dicas, já até combinei com ele de me analisar meus testes em fundo verde se dará pra usar. Se der certo o fundo será o que for mais pertinente :)
Só tempo mostrará como tem que ser, os primeiros vídeos serão piores (pelo menos assim espero :D) A falta de tempo pra dedicar a isso e limitação pessoal atrapalhará um pouco.
Gostei dos seus *insights*, ajudam reforçar, não estou diminuindo a importância, agradeço, tem coisas que eu não pensei dessa forma, adoraria receber mais, mas não se preocupe que estou pensando nessas coisas. Se quiser fazer parte do *board of directors* do canal :D :D :D tá convidado (não convocado, claro). Entendi pwerfeitamente todas as coisas, nem era tão necessário ter explicando em tanto detalhes.
Por enquanto só tenho o nome e logo. tem hora que pensei em trocar, mas ainda estou nele. https://www.youtube.com/@aartedocodigo.
Eu tenho títulos interessantes para alguns "quadros" do canal e dá pra fazer *thumbs* boas, se eu estiver em um dia bom (eu tenho isso).
Estou em dúvida se eu deveria fazer vários canais. Porque eu terei assuntos um pouco diversos e essaa mistura por prejudicar o algoritmo, ainda não sei bem o que fazer. História, Back to the Basics, *Hypes*, C#, lives/colabs, *reacts*, entre outras coisas com momentos sérios e palhaçadas (ou não, ninguém entende minhas piadas :D).
Aquele vídeo é uma merda :D mas o conteúdo é tão bom que nem deveria ser vídeo e o Paulo tem carisma (mesmo parecendo que não tem). Mas vc vê, nunca foi sugerido pra mim. O algoritmo é uma merda. Ele fica só me mandando vídeo de gente falando cú disfarçadamente, não sei porque :P :D
Acho que também tem que levar em consideracão o estilo de vídeo para avaliar se deu certo ou não. Se o objetivo é falar de programação isso já é um nicho restrito. Falar de ciência da computação é um nicho mais restrito. Falar de ciência da computação e programação em profundidade é um nicho mais restrito ainda. Por isso, é beeeem difícil que um canal assim vá chegar a milhões de inscritos, ainda mais no Brasil. Se você analisar a bolha dev do Youtube Brasil (que confesso não acompanho muito), ninguém pega tanta view assim. O Akita mesmo, tem bastante vídeo que não passa dos 100k, que em um mundo onde tem podcast com milhões de views defendendo que IAs vão exterminar a humanidade, não é tanto assim. Acho que se conseguir construir uma comunidade forte, mesmo que pequena, que acompanhe seu conteúdo pela qualidade já é o suficiente para dizer que deu certo. Um exemplo é o canal do [Waine](https://www.youtube.com/@waine_jr) que é focado em baixo-nível (coisa rara aqui no Brasil), ele não é um canal grande, mas a comunidade dele é bem ativa e interage bem com ele. Alguns canais grandes já comentaram nos vídeos dele e outros já reagiram. Você é um cara com anos de experiência e é uma lenda dos foruns de programação. Se fizer um conteúdo bom além os aspectos textuais, acho que dá para ir construindo um público bom e até conseguir divulgação de outros maiores.
Sobre ter vários canais, não acho que isso seja uma boa idéia, pelo menos não se o que os distingue forem assuntos e não formatos. No caso, se você quiser fazer um canal de reacts e outros para vídeos ensaios (a maioria dos Youtubers fazem isso), talvez faça sentido, mas fazer vários canais de vídeo ensaio (mesmo formato), um para abordar assuntos de baixo-nível, outros para redes e outro para assuntos teóricos vai deixar mais díficil crescer cada um deles e difícil de relaciona-los. Diria que é melhor você abordar tudo no mesmo canal. O Akita, abordava de tudo, desde redes, baixo-nível, teoria computacional e até alguns mini-tutoriais. Acho que isso funcionava porque ele mantinha o mesmo formato e estilo, e conseguia relacionar os conteúdos quando possível. Por exemplo, ele explica no vídeo de Docker que fez as séries de DevOps e Linux para preparar terreno para o vídeo de containers, isso já divulga os vídeos de outros assuntos, mesmo que não seja uma continuação direta, de forma que eles podem ser consumidos isoladamente.
Sobre fazer parte *board of directors*, confesso não saber fireito o que é isso kkkkk, mas se for para poder contribuir em alguma coisa com seu canal, sobre aspectos do conteúdo, formato etc. mesmo tendo um conhecimento limitado, eu aceito sim. Seria um ótimo aprendizado até para mim.
Tinha esquecido de mandar o *link*: https://pt.stackoverflow.com/q/53468/101.
Inscrito não me importa embora tem gente da área batendo no 1 milhão. Alguns nos 100 mil, 10k tá bom pra mim, mas *views* importam mais. E comunidade forte é mais importante que *views*, mas eu sei que eu terei no máximo centenas de pessoas que vão abraça-la fortemente, o mais provável são dezenas ou menos.
Eu tenho evitado assistir quase todo mundo no Brasil e um pouco fora, para não correr o risco de copiar involuntariamente. Uma hora eu vejo conforme for necessário.
Eu não sei se consigo fazer algo muito novo, o que poderia atrair pelo menos certo grupo de pessoas. Eu posso fazer diferente. Mesmo o que eu falo de diferente já falei, só não foi em vídeo. Coisa inédita é só sobre o que ninguém quer, como por exemplo como fazer software desktop direito e não ter nenhum defeito que dizem que tem e por causa disso resolveram fazer web (por pura ignorânia e preguiça) ou como fazer um dicionário de aplicação que ninguém ouviu falar. Posso ser incisivo em algumas coisas como ser radical no DRY (se não causar mal) e se fizer isso fica mais barato, facilita a manutenção, a comunicação, evita regressões, evita dificuldades que querem resolver com uma ferrramenta absurdamente pior e só necessária porque erraram na decisão inicial, ou pelo menos explicar o que é DRY que as pessoas entendem errado, o que será um dos quadros do canal.
Ainda não sei sobre a segmentação, porque deve ser por audiência e acho que os assuntos pode ter audiências diferentes. Tenho que pensar e testar. Os vídeos que não eram tão a cara da audiência do Akita não iam bem, pode analisar. Ou ia muito bem e só porque era um vídeo de fora da bolha, que até podia ser ruim, porque viralizar é uma faca de dois gumes, pode trazer gente que atrapalha suas estatísticas pro algoritmo recomendar, pode indicar que seu canal não é bom, é só um vídeo bom. É difícil.
*Board of directors* é uma brincadeira, mas é só um aconselhamento.
Valeu por toda sua ajuda.
Isso acaba por ser uma maldição, você vira escravo do algoritmo. Pelo menos se não quer fazer do Youtube sua principal fonte de renda, isso te dá mais liberdade para ser criativo e se reeinventar caso queira.
No mais, estarei acompanhando seu canal, boa sorte com ele. Obrigado pela nossa conversa, foi bastante pordutiva. Espero te encontrar em outros posts.
Abraço.