NO CODE, HIGH CODE… OU O MELHOR DOS DOIS MUNDOS? 🚀
A discussão entre No Code e High Code já tá ficando velha. Mas o que pouca gente faz é parar pra pensar onde cada um brilha — e onde cada um tropeça.
Spoiler: o melhor caminho muitas vezes é misturar os dois.
⚡ O poder do No Code Sou dev no-code, então falo com propriedade: é possível fazer muita coisa séria sem escrever uma linha de código. Hoje, ferramentas como Bubble, FlutterFlow, Softr e Xano entregam autenticação, banco de dados, controle de acesso, workflows, API REST, escala horizontal — tudo via interface visual.
Quer ir além? Integra com Supabase, n8n, Make ou até aciona lambdas via webhook. Tá longe de ser brinquedo.
Além disso, o time-to-market é imbatível. Você pode validar um MVP em semanas, com UX real, autenticação e até pagamentos integrados. Sem aquele "formulário no Google Sheets" que nunca vira sistema de verdade.
🧠 Quando o High Code é inevitável? Agora... existe um limite. Projetos que exigem algoritmos complexos, regras de negócio altamente dinâmicas, ou performance em tempo real (como games, sistemas financeiros de alto volume, editores gráficos, etc.), ainda pedem a flexibilidade do código.
Também entra em cena o fator "custo de adaptação": tentar forçar uma stack no-code pra resolver um problema que exige controle fino de arquitetura pode sair caro, lento e frustrante.
🔀 A chave está na composição A boa notícia é: você não precisa escolher só um.
Muita gente começa no no-code, valida a ideia, cresce a base... e só depois parte pra código quando for inevitável. E mesmo assim, não precisa abandonar tudo: pode manter a interface no-code e usar APIs externas, microserviços ou rotinas complexas rodando separadamente.
A própria estrutura modular de plataformas como n8n + Supabase + front no Bubble mostra que é possível fazer um sistema híbrido, onde cada parte faz o que sabe fazer melhor.
🧩 Conclusão Quer validar rápido? No-code.
Quer escalar com segurança? No-code bem feito.
Vai construir algo que envolve IA com 4 camadas de modelos, lógica difusa e predição em tempo real? High code.
Quer algo que funcione bem e não seja engessado? Use os dois.
No final, o que importa não é a stack — é a entrega. E ela começa com as ferramentas certas no momento certo.
Quer escalar com segurança? No-code bem feito.
Brother, não, não existe como desenvolver uma aplicação no-code, segura vamos relembrar os 4 requisitos obrigatórios de uma aplicação segura?
Confidencialidade: apenas pessoal com permissão pode acessar informação protegida
Integridade: os dados devem estar seguramente íntegros, normalizados e não podem sofrer alterações indevidas
Disponibilidade: os dados devem estar disponíveis, se o sistema cai, deve ter outro meio de acessar os dados
Autenticidade: o dado armazenado na aplicação deve ser totalmente rastreável até quem e por onde o inseriu
Confiabilidade é ok, dá pra fazer mas só em níveis muito básicos, mas integridade não é possível garantir e disponibilidade ou custa muito caro ou não é possível e autenticidade tem limitações grandes o suficiente pra ser problemático
No final, o que importa não é a stack — é a entrega.
Entendo a ideia, mas tem algumas coisas importantes que muita gente que divulga no-code não dá ênfase, por exemplo: manutenibilidade e continuidade/evolução.
Eu já comentei aqui no TN algumas vezes sobre uma boa quantidade de projetos que os clientes me procuraram pois criaram uma solução no-code que funcionou a princípio e que eram simplesmente terríveis de dar manutenção para adicionar novas funcionalidades (muito por conta dos serviços e componentes utilizados simplesmente não existiam mais ou não permitiam customizações). Tanto que as próprias empresas que criaram essas soluções abandonaram esses clientes que vieram nos procurar.
Eu brinco que ganhei muito dinheiro com no-code mesmo sem desenvolver nada com no-code, apenas refazendo esses projetos de maneira tradicional e aplicando uma arquitetura que permita evolução do software.
Acho que no-code no estado que está hoje, serve para pequenos projetos e projetos de validação, mas os envolvidos devem estar cientes que provavelmente o projeto é descartável. Mas não é o que os evangelistas do no-code vendem.
E já começou chegar aqui pra mim projetos que foram feitos com IA, mas nem a própria IA que fez consegue evoluir o projeto do jeito que o mantenedor queria.
Ótimo ponto de vista