Sempre refleti sobre a depressão e todos os problemas psicológicos que o mundo moderno trouxe para a sociedade, a inundação de informações, as constantes mudanças na rotina, o fácil acesso à milhares de dados e diversas opções de lazer, não são benéficas a mente humana. Parafraseando Schopenhauer “ A vida se materializa em um pêndulo, em que de um lado possuímos o sofrimento e do outro o tédio, sofrimento por querer ter algo que não temos e tédio por finalmente conseguir aquilo que queremos e então nos sentir vazios.” A mente funciona como um pêndulo simples, onde de um lado temos a luta por um objetivo, do outro a realização e por fim o tédio. Com o fácil acesso a opções de lazer que proporcionam picos de dopamina com o “grande” esforço do click em uma tela, as pessoas tendem a ficar intelectualmente preguiçosas. Isso consequentemente leva ao tédio constante, pois “A mente é nada mais nada menos do que a soma de todos os hábitos!” -Napoleon Hill, tendo em vista que o acesso a recompensas ficou muito mais fácil, devido a plataformas implementam algoritmos que contribuem para o desenvolvimento de uma sociedade ansiosa e impaciente, que segue à espera do próximo vídeo engraçado, do próximo momento de “alegria”, do próximo pico de Dopamina, as pessoas tornam-se a cada dia mais imediatistas, levando a desvalorização das conquistas do longo prazo, levando à um estado de insatisfação constante e posteriormente à um quadro de depressão crônica. Acredito que isso irá mudar quando as pessoas conscientizarem-se deste estado e passarem a apreciar os pequenos momentos e conquistas, parafraseando Dostoiévski: “A exemplo do enxadrista, ame apenas o processo de atingir o objetivo, e não o próprio objetivo. E quem sabe, não se pode garantir que talvez todo objetivo sobre a terra, aquele para o qual tende a humanidade, consista unicamente nesta continuidade do processo de atingir o objetivo, ou, em outras palavras, na própria vida e não exatamente no objetivo ” -Fiodor Dostoiévski (Memórias do subsolo).