Achei interessante o artigo, principalmente pela sinceridade em citar:

Embora a pesquisa encomendada pela consultoria Engprax possa ser vista como um plug velado para a metodologia de Engenharia de Impacto

É interessante ver que projetos com boa documentação tem mais chances do sucesso, mas acho, que como é pontuado ao final do artigo, muitas vezes vai da má compreensão/interpretação dos princípios do ágil.

O princípio de Working software over comprehensive documentation não é de Working software instead comprehensive documentation. Não é um em detrimento do outro, é um acima do outro. Contudo isso é tão amplo, até pra não dizer meio vago, que é quase inevitável que isso seja usado para deixar o processo de documentação completamente de lado.

Li em algum lugar, não me recordo onde, que muitas empresas confundem desenvolvimento ágil com desenvolvimento com pressa e existe uma grande diferença entre esses dois.

Desenvolver com pressa é:

  • não documentar,
  • não testar
  • e mesmo que o código esteja uma porcaria o importante é Vai ser entreue logo.

No desenvolvimento ágil essas etapas, não perceptíveis ao cliente, devem existir, até pra respeitar o princípio de Responding to change over following a plan. Como responder as mudanças de maneira ágil se a maior parte do tempo se está apagando incêndios causados pela pressa de uma entrega?

No fim, vários desses problemas são gerados por má compreensão/interpretação do manifesto, que por sua vez, deve ser criticado, revisado e não ser levado como um dogma.