Penso que a sensação de acesso fácil ao conhecimento online conduz o cérebro para o modo "baixo consumo": "o conhecimento está ali, não preciso armazená-lo, apenas criar um ponteiro para o mesmo é suficiente".

Baseando-se na avaliação de habilidades mentais, verbais e lógico-matemáticas, um ser que não carrega consigo o conhecimento consolidado pode estar fadado a receber um baixo índice de QI (Quociente de Inteligência) quando aferido. Provas não são com consulta.

Ainda que algumas provas permitam consultas, visam avaliar a capacidade do indivíduo lidar com o aprendizado acumulado, experimentado, aplicado às diferentes situações da vida ou do contexto em que se insere. Não terceirize suas memórias...

Se todo conhecimento disponível fosse limitado ou eliminado, o que eu, como indivíduo, poderia contribuir como backup para as próximas gerações? No filme O Livro de Eli o autor revela uma situação hipotética, em que a literatura impressa tem seu valor reconhecido. O raro só tem valor porque o é.