Eu já tenho uma opinião diferente. Gosto do QR-Code. Pensando na questão de anúncios, beleza, ele pode não ser muito útil, mas é só comparar com os anúncios comuns que vemos por ai, você clica em todos os anúncios que vê em sites? você abre todos os anúncios que vê no Instagram? A baixa taxa de conversão não se dá por conta do QR-Code ou outra tecnologia utilizada, e sim por ser um anúncio. É este o desafio de ser um anunciante, convencer o usuário a clicar. Concordo que as vezes é mal aplicado, fica pequeno e por pouco tempo na tela, e aí sim, temos um problema com quem o veiculou, mas quando bem aplicado, quem realmente tiver interesse consegue escanear e ver mais sobre o produto ou serviço.
Agora, pensemos sobre notícias. Os noticiários trabalham bastante com QR-Code, não assisto regularmente TV mas basta 5 minutos navegando em canais de notícias que você já nota um QR-Code por lá. Isso faz com que a notícia seja muito mais enxuta, direta e objetiva. Você fala o necessário, dá alguns detalhes, e se o espectador quer saber mais, o QR-Code está disponível durante todo o processo. Ao ler o título (que aparece na TV), o usuário já define se tem interesse ou não, e se for o caso, faz a leitura do código.
Outra aplicação boa, que já foi comentada aqui, são os pagamentos. Pagar boletos, transferências entre contas, compras presenciais em lojas e principalmente compras em serviços digitais. Anteriormente, você precisava ter um cartão de crédito para sua compra ser processada NA HORA. Hoje em dia (claro, graças ao PIX) você só precisa escanear o QR-Code, confirmar o pagamento e sua compra já estará confirmada, em questão de segundos. Imagina ter que copiar o código da tela do computador, enviar para seu celular, abrir o APP do banco, digitar (ou colar) o código...
Resumindo, vejo muitos cenários em que o QR-Code ajuda ou até salva o usuário, e nenhum cenário onde ele atrapalha.
Concordo muito contigo gabriel, na questão de estar em um comercial, fosse um e-mail, URL ou numero de telefone ao invés do QR-Code também teriam baixa adesão, apesar de que em todos esses cenários pela publicidade ser paga por segundos é ainda mais rapido ler um qrcode do que digitar uma url enquanto ela aparece na TV.
Outras aplicações, pegando seu gancho com exemplos, em pontos de onibus (de algumas cidades) é possivel ler um qrcode e ter acesso a uma página otimizada com horários e rotas muito fácilmente. Na compra de produtos, gerando economia de papel ao invés de vir um manual todo escrito que muitas vezes não é nem visto, é enviado um qrcode encaminhando para um manual digital. Em etiquetas de roupas, sim, pendurando minhas camisetas percebi que uma marca em específico tinha em suas etiquetas qrcodes, indicando desde método indicado de lavagem, informações sobre a marca, detalhes daquela coleção...
Acho que o uso do QRCode é aquela facilidade opcional, é possivel tirar proveito e ser muito bem utilizado, assim como é possivel colocá-lo em um cenário que não precisaria e acabar sendo não utilizado, a questão é se faz sentido pra ti utilizar aquela facilidade.
Como um anunciante, uma das obrigações que você tem é transmitir a sua proposta de uma forma direta e fácil de entender. Afinal você está na TV aberta: cada fração de tempo passado do seu anúncio é uma quantia razoável que a emissora cobrará de você.
Um anúncio que seja fácil de entender beneficia tanto o patrocinador quanto seu público alvo.
Se eu via um número de telefone, sabia que precisava disca-lo para realizar uma ligação. Se eu notava uma URL aparecendo, sabia que precisava digitar aquilo no navegador para acessar um site.
Os QR codes surgiram de um modo muito implícito. Quando percebi, já estavam sendo usados. Mas quando senti interesse o suficiente para testá-los, simplesmente não consegui.
A proposta havia sido feita, mas não se esforçaram o suficiente para me fazer "alcançá-la". Na minha opinião atual, aquilo era um anúncio falho.
Eram épocas diferentes (algo em torno de ~10/15 anos atrás). Hoje em dia as pessoas possuem mais conhecimento sobre esse tipo tecnologia. E de fato, o equívoco que eu costumava ter naquela época é mais difícil de ocorrer hoje em dia com outras pessoas.