A questão do Drex é muito mais regulatória do que de controle financeiro. Pelas leis brasileiras que envolvam LD/FTP-C (sugiro que pesquise o que é essa sigla, porque é muito grande), os bancos são responsabilisados por quaisquer transações financeiras que têm alguma ligação com esses crimes. Ou seja, se você estiver lavando o seu dinheiro, não apenas você irá responder, mas também a instituição bancária. Nesses casos não existe forma de recorrer, pois a lei é bem clara ao definir que os bancos são responsáveis também por esse tipo de crime.

Um dos principais problemas em relação à restreabilidade são as transações em dinheiro vivo, pois não existe forma alguma de rastrear essas transações. Por isso uma moeda digital centralizada resolve esse tipo de problema, pois ao se quebrar o sigilo bancário de algum investigado por crimes de LD/FTP-C, será possível rastrear de forma simples e precisa todo o caminho do dinheiro que entrou e saiu da conta do investigado.

Quanto aos riscos, não existirão riscos a mais do que já temos hoje. Todo o sistema bancário, em seu coração já é digital, ou seja, o governo pode congelar suas contas, reter seu dinheiro e pegar parte do seu dinheiro desde já, não é necessário haver uma moeda digital centralizada para isso. Já existem locais no país, por exemplo, que o transporte público não aceita dinheiro vivo, apenas pagamentos em cartão. Estamos no meio dessa transição e temos muito a ganhar com isso. Se o governo realmente quiser ir para o caminho de países como a Venezuela, vai tomar esse caminho independentemente da moeda ser física ou digital.

O melhor é manter uma reserva segura de dinheiro, seja em Dólar, Euro, Bitcoin ou qualquer outro ativo que seja seguro, rentável e de fácil acesso. Evitar essas coisas estão bem longe do nosso alcance e vão acontecer querendo ou não, tudo o que nós meros mortais podemos fazer é ficarmos atentos e nos precaver o máximo possível.