Oi @locks,
Eu acredito que essa é uma pergunta bem complexa porque junto vem com uma série de SE's.
Visto isso, decidi gravar um vídeo (link no final da resposta) onde eu destrincho melhor a minha linha de pensamento e direciono o melhor possível a resposta do "tem futuro".
De qq forma, eu condensei aqui alguns pontos que eu acho que podem ajudar a entender melhor essa questão.
Tecnologia Abc tem futuro!?
Na época que eu comecei a trabalhar com programação (à 25 anos - 1998) eu utilizava o C para desenvolver um sistema de medição de taxa de erros de comunicação via satélite. Era para um instituto chamado INPE e eu era o pesquisador bolsista.
E já nessa época — coisa de velho rs — havia essa discussão se o Visual Basic era o 'futuro', já que com a sua opção de 'arrastar e soltar' os componentes juntamente com o Basic fazia o par perfeito para desenvolver programas mais rapidamente.
Acabou que o VB se deu muito bem numa fatia de mercado corporativo, e eu acabei ficando no C mesmo, já que o meu projeto precisava manipular bits do hardware (baixo nível).
E a lição que eu tirei nessa época foi: "não existe tecnologia ruim ou boa, existe tecnologia que atende uma demanda do mercado"
E foi aí que eu saquei que antes de estudar tecnologia Abc eu teria que entender primeiro em que tipo de negócio eu gostaria de trabalhar.
As 3 camadas: No-code, Low-code e Hi-code
Nessa linha de raciocínio vamos retornar a 2023 e lembrar que hoje, temos basicamente essas 3 camadas, onde algumas ferramentas dominam:
- No-code com Bubble, Flutter Flow, etc.
- Low-code com OutSystems
- Hi-Code com JavaScript, Python, Ruby, Java, etc.
Acontece que a confusão se inicia quando vamos tentar utilizar uma proposta de no-code, para hi-code, por exemplo.
Visto que o cara que está de olho nessa tecnologia precisa basicamente de velocidade, ele quer entregar o projeto rapidamente. Normalmente startups que precisam validar a ideia.
Ele está pouco se preocupando se o Bubble, por exemplo, vai acrescentar mais x ms no tempo de resposta, ou se ele não terá isso ou aquilo.
Pois, sem ideia validada, não adianta nem iniciar o desenvolvimento.
Então a camada no-code e low-code tem muito valor a entregar no quesito de velocidade e foco no negócio.
Ao passo que, no hi-code — camada que está interessada em ajustar pequenos detalhes — não!
Essas empresas, onde 20 ms de resposta terá um aumento de consumo de servers e diminuição de usuários, os detalhes do CSS e da linguagem importam e muito.
São empresas como Netflix, Amazon, etc... Que estão num nível de negócio e produto onde exigem tal otimização.
A pergunta correta a se fazer
Então a pergunta correta seria: "em qual nicho de mercado eu me adapto melhor!?"
Algumas pessoas não estão tão interessadas em anteder o nicho de startups, por exemplo, justamente porque esse nicho pode não "pagar bem", por estar tentando mobilizar a grana do desenvolvimento em marketing.
Ou outra pessoa — que é o meu caso — que não gosta muito do ambiente corporativo, reuniões, etc... Onde o Hi-code pode ser mais utilizado.
E veja isso não é uma regra, ok!?
Enfim, basicamente eu comentei isso no vídeo e deixei mais algumas dicas interessantes: https://youtu.be/2Q3YzKMLdL4
Te convido a assistir.
Um forte abraço, -- Felipe Fontoura