Como ajudar juniors sem fazer com que fiquem dependentes de você?
Ao longo da nossa carreira é comum recebermos pesaoas com menos experiência e darmos um suporte até que eles possam atuar de forma mais independente.
Mas e quando a pessoa não consegue se desenvolver, e a cada problema que encontra a primeira ação é pedir ajuda?
Uma das coisas que costumo fazer é pedir pra que a pessoa sempre que se deparar com algum problema, primeiro ela vai pesquisar no Google ou ChatGPT, tentar umas duas ou três soluções, e somente depois disso pedir ajuda, apresentando o que tentou fazer e porque nao deu certo.
Mas e vocês, tem alguma dica pra lidar com esse tipo de situação?
Cara eu passei por algo do tipo esses dias. Não tenho o perfil para ensinar, muito menos a paciência, mas quero me tornar senior um dia, e isso é o básico. Então meio que adotei uma estratégia, baseada nesses métodos de ensinos atuais, mais especificamente o micro aprendizado.
Eu tento pegar um tempo da semana para organizar tasks para a pessoa fazer, e já começo a mapear tudo na mente: as reuniões, o roadmap para facilitar o onboarding e tal. Tento sempre pegar 3 tasks beeem semelhantes ou que mexam no mesmo código e faço a primeira com o peão pra ele ver como deve ser feito. É importante ir com a mentalidade de pegar na mão e mostrar como faz igual se vc estivesse falando com um idoso ou uma criança, de forma beem descomplicada.
O resultado disso é que, pelo menos comigo, a pessoa se sente bem confiante em seguir com a task e vou "soltando o guidão" aos poucos pra ela ir assumindo. Nas outras tasks já passo a diretriz "lembra onde mexemos, código x e y? Você vai alterar o z que está logo do lado, rodar o projeto e testar o retorno, mas é interessante que você quebre a cabeça por um tempo se encontrar uma dificuldade, e tente resolver sozinho", ou algo do tipo.
Porque falar como se estivesse falando com uma criança? Não é pra pessoa se sentir mal kkkk, mas isso desperta segurança. Geralmente os juniors tem um medo de mexer no código pensando que podem quebrar algo, mas se esquecem totalmente que temos versionamento de código pra isso.
Não faça também pensando em abandonar o pobre na primeira oportunidade kkkkk, diga sempre "se você travar, me chama que fazemos um pair". O Junior sempre vê o senior ou o tutor como uma pessoa que "destrava", capaz de resolver qualquer problema. É normal te chamarem pra tirar dúvidas que pra nós pode ser até besta.
Já aconteceu comigo, e por isso sempre passo a informação, fique atento com os "pilantras". Existe um certo nível de conhecimento que se espera de um junior. Ele deve ser capaz de entender a sintaxe da linguagem e ter o pensamento algorítmico, mas o suporte que damos não é "aula". Se sentir que a pessoa está abaixo das qualificações, sempre é uma boa passar para o gestor, para reavaliar. Não é um tiro nas costas, lembre-se que essa pessoa vai trabalhar no seu time, com você. Trabalho com Java/Spring, e certa vez atuei com um ser que se dizia "pleno" com 3 anos de experiência em Java, mas soltou a seguinte pérola em um pair proggraming: "como se faz um construtor?". Flag 1. No dia seguinte, ele não estava achando a classe main para rodar o projeto na IDE. Nesse mesmo dia, ele perguntou o comando para "subir o código". Descobrimos que o cara enrolou todos na conversa
É isso
O que eu poderia dizer aqui ? Kkkk
Cara não adianta, no final das contas você ajudar a outras pessoas a se desenvolver soma nos seus conhecimentos, e também eu particularmente sinto que quanto tu ensina algo, acaba reforçando conceitos de tecnologia para si mesmo.
Faz parte..pense que hoje tecnologia não é mais sobre apenas lidar com código de computador, tem que lidar com pessoas.
Acho que a maior dificuldade de um Junir é em relação a lógica, por exemplo, você fala uma coisa para ele fazer, mas ele não sabe como começar absolutamente nada, não manja muito da sintaxe, na posição dele isso é horrível kkkkk Concordo com você, o idel é se esforçar para encontrar respostas, mas claro que não temos como exigir que ele saiba de tudo, por isso é importante também ser paciente