Necessário. Eu penso MUITO sobre isso, mas na real sair dessa matrix neoliberal às vezes me desperta uma crise existencial e tanto. Com essa reflexão, tentarei o contrário.

Se não há valorização do nosso esforço cognitivo para aquilo que nos traz felicidade, isso é um problema do indivíduo ou do modus operandi da nossa sociedade?

Essa parte é a que mais me enlouquece: o que adianta gostar tanto de estudar se é um comportamento tão pouco valorizado? É um comportamento estimulado, claro, mas para fazermos cada vez mais isso sem nenhum retorno, como objeto de lucro. Até quando a gente gosta, a gente não sabe se é algo que vai ser aproveitado e fica na dúvida de "eu deveria estar fazendo algo mais produtivo?" e no final, até os estudos se tornam como os jogos de videogame - o que gosto, mas que não tenho certeza se vai ser útil.

Enfim, acho que viajei um pouco nessa parte, mas é isso, gosto desse tipo de reflexão demais, principalmente na nossa área onde às vezes esquecemos que, pasmem, somos apenas trabalhadores. Obrigado, amigo.

O que adianta gostar tanto de estudar se é um comportamento tão pouco valorizado?

Como eu disse no meu comentário, há duas coisas que vão fazer você se destacar: resultados e aparência (admito que a questão da aparência está bem inflada). Se você não está sendo reconhecido, talvez esteja faltando investir em alguma dessas áreas. Estou falando isso porque também peco muito nesses fatores, de gerar resultados, mas as pessoas não ficarem sabendo. As pessoas têm que saber o que você faz, não é falta de humildade, é buscar o que já é seu. Mas esse questionamento é real, no Brasil, estudar é muito desvalorizado, a grande maioria só estuda para ganhar dinheiro e não pelo prazer do saber. Esse tipo de comportamento só desvaloriza cada vez mais o estudo.