Opa man, beleza, tranquilo, cara. Eu entendi seu ponto de vista, sim, e muito obrigado por deixar a sua contribuição. Você poderia vir aqui só para me criticar, mas deixou uma contribuição muito rica para outras pessoas. Eu acho que essa é a minha proposta egoista tambem, como você bem mencionou. Entendi seu ponto de vista sobre as panelinhas. Acho o seguinte: o problema não é haver panelinhas. O problema é que elas são fechadas, não são inclusivas. Se fossem um pouco mais expansivas, acho que não seria tão ruim. Por exemplo, conheço um cara que passa o ano inteiro postando fotos com as mesmas pessoas de um hackathon. O cara participa de todos os hackathons do ano e sai todo final de semana com as mesmas pessoas. Parece que ele não é aberto a conhecer novas pessoas.

Outro exemplo: na empresa onde trabalhei, o cliente tinha várias consultorias prestando serviço para ele. Entrei por uma consultoria, mas já existia outra lá dentro. A menos que a consultoria fosse ruim, sem prestar um serviço bom, obviamente ela já teria a preferência do cliente. Por um longo tempo, ao tentar interagir e brincar, percebi que o pessoal não estava aberto. Nada do que eu ou os meus colegas da minha equipe falávamos era bem recebido, inclusive as sugestões para problemas. Porém, o grupo da consultoria preferida estava cheio de mensagens entre eles.

No texto também falei sobre a questão de ser introvertido. Porém, imagina o seguinte: eu sou um cara introvertido, mas passei pela seguinte situação: o pessoal resolveu criar uma confraternização no final do ano. Eu fui o primeiro a falar que ia à confraternização. O pessoal me ignorou complelamente, logo em seguida, um cara da consultoria preferida comentou que também iria. O pessoal começou a comemorar porque ele iria. Depois, uma colega minha da consultoria virou para mim e perguntou: "Andrew, você vai mesmo à confraternização?" Eu expliquei que não sabia mais se queria ir, estava com vontade de ir, mas ninguém curtiu, faloy nada. então imaginei que minha presença não era tão aguardada.

Depois que eu falei isso, minha colega de equipe comentou: "É porque você é muito tímido. O pessoal gosta dele porque ele conversa com todo mundo." Perceberam o problema? Como posso ser muito tímido se fui o primeiro a falar que ia à confraternização? Ou seja, não adianta fazer muitos esforços para demonstrar que você quer fazer parte de uma equipe se existir uma panelinha. Se ela for fechada, simplesmente vai te excluir porque as vagas já foram preenchidas ali.

O grande problema que eu enxergo nas panelinhas é que muita gente boa, seja tecnicamente ou como ser humano, perde a interação com outras pessoas. Por exemplo, no meu trabalho, conheci pessoas que eram muito boas tecnicamente e bons seres humanos. Porém, pelo simples fato de serem introvertidas e mais assertivas, falando no momento certo, elas não foram incluídas em certos grupos, simplesmente por conta da tal da afinidade. Então, no meu ponto de vista, nem sempre o melhor é o que vai receber o reconhecimento. Por isso, estou insistindo aqui que as habilidades técnicas são importantes, mas as habilidades pessoais interpessoais pesam muito mais.

Vi um estagiário que entrou numa empresa e puxava muito o saco de uma das meninas que já tinha sido integrada ao quadro do banco. Fiquei me perguntando: "Por que esse cara só puxa saco dessa menina específica?". Depois, descobri que ele era o cunhado dela, ou seja, ela o indicou para entrar na empresa. O que aconteceu? Mandaram embora um colega meu, junior, o introvertido, com a desculpa de cortar custos e colocaram esse estagiário no lugar dele, promovendo-o para júnior. Mas não estavam com problemas de custos? Então, essa é uma realidade também, o "QI" - Quem Indica. O resultado disso será o quê? Uma grande panelinha!

Mas, mais uma vez, obrigado, cara, por contribuir com suas palavras. Parece que você é uma exceção à regra desse texto que eu acabei de escrever. Lógico, as exceções existem e nem tudo se aplica a todos.

vlww!

Sobre panelinhas é bem complicado, tem panelinhas que não podem ser inclusivas. É algo muito mais complexo que isso, o assunto vai longe...