Microsoft apresenta seu primeiro chip quântico

O Majorana 1 é o resultado de quase duas décadas de pesquisa. Ele utiliza uma arquitetura baseada em qubits topológicos, desenvolvida pela própria empresa, que afirma ser capaz de acomodar cerca de um milhão de qubits em um pequeno chip, operando com maior estabilidade.

Segundo a Microsoft, essa inovação foi possível graças ao controle de um novo tipo de material, chamado topocondutor, uma classe de materiais capaz de criar um estado topológico da matéria – diferente dos estados sólido, líquido ou gasoso. Com essa abordagem, a empresa afirma ter sido capaz de gerar e controlar as chamadas partículas de Majorana, que até recentemente eram apenas teóricas. Essas partículas permitem a criação de qubits significativamente mais confiáveis em comparação com outras tecnologias existentes.

Os qubits topológicos são menores do que aqueles utilizados em outras abordagens da computação quântica, o que possibilita uma maior densidade de qubits em um único chip – teoricamente chegando a um milhão de unidades em um dispositivo do tamanho da palma da mão.

No entanto, o Majorana 1 ainda está em estágios iniciais e possui apenas oito qubits. Em comparação, o Willow, chip quântico do Google, conta com 105 qubits. Apesar disso, a Microsoft considera o Majorana 1 o segundo passo de um plano de seis etapas para a construção de um supercomputador quântico.

Atualmente, a Microsoft não permitirá que clientes utilizem o Majorana 1 por meio do Azure. No entanto, segundo o vice-presidente executivo da empresa, é possível que um chip quântico da Microsoft esteja disponível na plataforma antes de 2030.

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