CEO da Replit prevê nova geração de desenvolvedores que desconhecem programação
Amjad Masad, CEO da Replit, defende que chegou o momento de pessoas sem experiência em programação começarem a utilizar ferramentas de IA para criar software por conta própria. Segundo ele, uma compreensão elementar do funcionamento do software permite que indivíduos aproveitem ao máximo as ferramentas de IA, que estão se tornando cada vez mais avançadas.
Masad afirma que esse movimento representa um retorno às origens da interação com computadores. Antes da popularização do Windows, as pessoas utilizavam comandos complexos no MS-DOS, mas a necessidade de aprender uma linguagem completamente nova restringia a adesão a uma pequena parcela da população. A transição para o Windows trouxe o uso do mouse e interfaces gráficas, simplificando a interação. Com a IA, a tendência é que comandos arcanos sejam substituídos pela linguagem natural. Segundo Masad, no futuro, a era dos desktops, mouses e interfaces tradicionais poderá ser vista como algo “vergonhoso”.
O CEO também destacou a ferramenta Agent, da Replit, baseada no modelo Claude 3.5 Sonnet. Essa tecnologia é capaz de criar aplicativos de software funcionais a partir de prompts em linguagem natural e, de acordo com Masad, representa o “primeiro agente de software funcional em escala” do mundo.
Em contrapartida, uma pesquisa realizada em setembro de 2024 aponta que a produtividade de desenvolvedores não melhorou com o uso de assistentes de codificação baseados em IA. Além disso, os códigos gerados tornaram-se mais propensos a erros, e os programadores estariam desenvolvendo uma “dependência” das ferramentas, tornando-se menos engajados no processo criativo.
Meus 2 cents:
Eh o cara que vende um 'agent que cria softwares funcionais' fazendo propaganda da IA para desenvolvimento de software - ou seja, o produto dele.
Gurizada, cuidado ! Tenho visto ultimamente um monte de CEO's tentando vender visoes de futuro que obrigatoriamente englobem os produtos que suas empresas fabricam - lembrem-se de analisar criticamente o que eles estao falando antes de comprar este tipo de visao que propagam (o da NVIDIA com o fim dos programadores foi outro caso bizarro).
Na década de 90 as ferramentas CASE e geradores de código também venderam bastante no início. Mas aí os usuários ficaram de saco cheio de "programar" porque viram que não levavam jeito pra coisa, ou porque não tinham saco de aprender coisa nova. E na hora da manutenção, ninguém queria sentar e dedicar tempo para resolver bugs. Jogavam no colo dos analistas, e esses diziam era melhor jogar fora e começar de novo...
Não boto muita fé nesse mercado de citizen developers no momento, talvez no futuro; mas que a IA vai ajudar programadores reais isso sim tem futuro. Desenvolver é mais que codar e pessoas normais não conseguem entender como a gente consegue ficar 8 horas olhando pra código fonte...
Eu tava concordando com o texto até chegar nessa parte:
O CEO também destacou a ferramenta Agent, da Replit, baseada no modelo Claude 3.5 Sonnet. Essa tecnologia é capaz de criar aplicativos de software funcionais a partir de prompts em linguagem natural e, de acordo com Masad, representa o “primeiro agente de software funcional em escala” do mundo.
Apesar da argumentação dele seja válida, no fim ele só tá querendo vender o peixe dele surfando a onda do hype.