Aprendizado na Prática: Monte Seu Próprio ‘Dream Team’ Tecnológico e Cresça Profissionalmente

Olá, pessoal! Estou publicando na TabNews pela primeira vez e gostaria de compartilhar um pouco da minha jornada de estudos e como o self-host tem sido uma ferramenta poderosa para aprender na prática. Se você também curte “botar a mão na massa”, este conteúdo é pra você!

Meu Case

Por que praticar é tão importante?

A melhor forma de aprender é, sem dúvida, praticar, praticar e praticar. Quando você sai do teórico e começa a mexer no mundo real, tudo fica mais claro. Eu gosto de comparar com dirigir um carro: ler sobre direção não é o bastante – você precisa estar no volante para realmente entender como funciona.

Autonomia total com self-host

Aqui entra a ideia de self-host. Em vez de deixar seu projeto em serviços de terceiros, você mesmo hospeda em seu servidor. Isso significa controle total de infraestrutura, redes, firewall e tudo mais. Pode parecer desafiador, mas justamente esse desafio é que traz tanto aprendizado.

  • Infra: Você aprende a configurar e manter o seu próprio ambiente.
  • Redes: Entende como funcionam portas, roteamentos e gerenciamento de tráfego.
  • Segurança: Aprende a lidar com ameaças, configurando firewall e WAF.
  • Flexibilidade: Pode personalizar tudo de acordo com suas necessidades.

As tecnologias do meu “dream team”

Para dar conta de toda a orquestração, juntei algumas tecnologias que funcionam muito bem juntas:

  • Colify: Ferramenta que auxilia na criação e manutenção de containers, facilitando configurações;
  • Docker: A base de tudo, garantindo que cada serviço rode isolado e organizado;
  • Nginx: Atuando como proxy reverso, gerenciando e distribuindo requisições, além de aumentar a performance;
  • PHP + Laravel: No back-end, onde toda a lógica do servidor acontece;
  • Next.js: Para o front-end, focando em performance e experiência de usuário;
  • PostgreSQL: Banco de dados robusto, seguro e confiável.

Segurança em primeiro lugar

Uma das partes mais importantes de qualquer aplicação é a segurança. No meu caso, uso:

  • WAF (Web Application Firewall), como o ModSecurity, para analisar e filtrar requisições maliciosas;
  • Firewall nativo do Linux, por exemplo, o UFW (Uncomplicated Firewall), que ajuda a configurar regras de entrada e saída de forma simplificada.

Com esses recursos, consigo minimizar riscos e manter meus serviços rodando de maneira segura. Afinal, autonomia total só vale a pena se você souber como proteger o seu ambiente.

Vantagens de controlar o próprio ambiente

  • Personalização: Ajustar memória para o banco de dados ou atualizar a versão do PHP é rápido e simples; basta alterar a configuração do container.
  • Aprendizado Completo: Você aprende sobre redes, Docker, CI/CD, segurança, monitoramento e muito mais.
  • Escalabilidade: Se o site começar a crescer, você sabe exatamente como aumentar recursos sem surpresas.
  • Economia Potencial: Dependendo do seu uso, gerenciar seu próprio ambiente pode ser mais barato do que serviços gerenciados.

Como começar?

  1. Reserve um servidor ou um VPS: Pode ser local ou em algum provedor cloud.
  2. Instale o Docker: Ele será a base para rodar cada serviço de forma independente.
  3. Configure o Colify: Se quiser praticidade na hora de subir e manter os containers.
  4. Implemente o Nginx: Configure como proxy reverso para direcionar requisições para o PHP (Laravel) e para o Next.js.
  5. Adicione o PostgreSQL: Garanta a persistência dos dados de forma organizada.
  6. Habilite WAF e Firewall: Mantenha seu ambiente protegido configurando o ModSecurity e o UFW (ou outro firewall de sua preferência).

Conclusão

O self-host não é apenas sobre ter o seu projeto no ar com total liberdade – é, acima de tudo, uma forma de aprendizado prático. Você exercita praticamente todas as camadas que envolvem o desenvolvimento de software: rede, infra, segurança, orquestração de containers e muito mais.

Se você curte estudar fazendo e gosta de ter total controle sobre o que acontece por trás dos panos, vai se apaixonar pelo self-host. Então, bora partir para a prática: reserve seu servidor, chame o Docker para o jogo e teste cada novidade que surgir. Garanto que, no caminho, você vai aprender coisas que nunca imaginou!

E você, já usa self-host ou tá pensando em entrar nessa aventura? Deixe seu comentário e compartilhe a sua experiência!

Fico por aqui! Espero que esse conteúdo te inspire a explorar o self-host e a aprender cada vez mais. Obrigado por acompanhar e até a próxima!

Meus 2 cents:

O artigo faz bastante sentido - acho natural qualquer DEV evoluir aprendendo como funciona e se mantem a infra daquilo que ele usa.

Nao eh o caso de se tornar especialista - um analista de infra ou um DevOps, mas saber como a tecnologia funciona para nao ficar dependente de terceiros (como vercel, supabase, firebase, etc).

Acrescentaria o conhecimento em usar o VM Workstation ou Virtualbox e instalar o EVE-NG e/ou PNETLAB (v6) - sao ferramentas criadas para treinamento de analista de infra (como CCNA, MIKROTIK, etc), mas permitem instalar e configurar servidores localmente simulando estruturas de CI/CD bem complexas, sem precisar gastar na aquisicao de VPS ou semelhantes.

Muito obrigado pelo seu comentário e, principalmente, pela sua contribuição. Nunca fui fã do termo full stack, mas também não consigo imaginar um desenvolvedor de back-end discutindo performance sem entender o que é uma VCPU. Minha intenção nunca foi me tornar um especialista em infraestrutura, mas acredito que entender, ao menos, os conceitos, as práticas e as ferramentas desse universo, mesmo que de forma básica, me torna um profissional de back-end muito melhor.