A Regra é Não Ter Regras
A Netflix e a Cultura da Reinvenção
Faz cerca de uma semana que li o livro “A Regra é Não Ter Regras”, que apresenta a perspectiva de Reed Hastings, CEO da Netflix, e Erin Meyer, escritora e especialista em análise de negócios, sobre como gerir uma empresa de sucesso, como a Netflix.
A Cultura da Netflix
O que move a Netflix é o conceito de que você faz parte de um time esportivo de alto rendimento, não de uma família.
O código de inovação da Netflix é baseado em três pilares fundamentais, segundo os autores: densidade de talentos, cultura de sinceridade e transparência, e a remoção de controles.
Densidade de Talentos
Um ótimo ambiente de trabalho é composto por colegas incríveis.
O primeiro pilar, densidade de talentos, é a base da cultura da Netflix. A empresa acredita que os talentos são insubstituíveis e que é preciso ter uma alta densidade desse tipo de pessoas para o negócio se destacar da concorrência. Para reter esses talentos, a Netflix adota uma política de salários competitivos, oferecendo aumentos de até 30% acima da média do mercado.
Reed Hastings conta que, por conta da crise da bolha ".com", teve que fazer demissões em massa, em um único dia, retendo apenas os melhores dentre os melhores. Não é que quem foi demitido era ruim, mas seus resultados eram menos excepcionais do que os que sobraram. Depois de um tempo, o ambiente dentro da empresa começou a melhorar, melhor até mesmo do que antes da crise. Ter um desempenho razoável não é o suficiente, e trabalhar arduamente sem resultados excepcionais é irrelevante.
Sinceridade e Transparência
Vi que dar feedbacks e expressar opiniões abertamente, em vez de fazer fofoca, reduzia as traições e a politicagem e nos permitia sermos mais rápidos. Quanto mais as pessoas ouviam no que podiam melhorar, melhor todos trabalhavam e melhor nos saíamos como empresa. Foi quando criamos a expressão: “Só fale de uma pessoa aquilo que você diria na cara dela.”
O segundo pilar, sinceridade e transparência, é essencial para os profissionais da Netflix alcançarem o máximo potencial. Indicadores financeiros, dados e rumos da empresa são discutidos de forma aberta, criando inclusão e laços de confiança.
No entanto, essa transparência toda pode ser um desafio para alguns, como um entrevistado que preferia uma comunicação menos aberta após descobrir que seu cargo poderia deixar de existir em seis meses.
Remoção de Controles
A empresa trata os funcionários como adultos.
O terceiro pilar, a remoção de controles, é talvez o mais complicado. A ideia é que, ao remover as regras e permitir que os funcionários operem com liberdade e responsabilidade, a inovação pode florescer.
Não existe política de despesas nem de férias. Não existe código de vestimenta, mas ninguém nunca foi trabalhar pelado.
Essa é a Cultura de Liberdade com Responsabilidade.
E aí, já imaginou trabalhar em uma empresa como a Netflix?
Isso pode funcionar bem em pequenas startups mas conforme o software cresce é hora de deixar o parquinho para trás e colocar muita burocracia em alterar os projetos. - "Palavras do Akita em Discutindo Gestão.
Em certo ponto, concordo com a opinião dele. Em determinado momento você pode querer contratar um freelancer para ajudar no seu projeto e precisa ter controle para desligar ele. Ou se estiver trabalhando com RH e coisas assim