Entrar no mercado de programação morando fora (Japão)
sou soldador no Japão(tenho 25 anos), e pra sair dessa vida de imigrante e quebrar esse ciclo, decidi estudar programação.Mas ai vem a questão, qual caminho percorrer? entrar em uma empresa br remoto(lembrando que sou junior)(e que o salario jr aqui nao da nem pra comprar biscoito/bolacha)?estudar mais ingles(ja falo razoavelmente bem) arriscar vaga junior no exterior?(e peitar uma area nova em uma lingua que nao é minha nativa). ou alguem tem mais alternativas?? (entrar no mercado japones esta fora de cogitacao kkkk)
Entrar no mercado japonês realmente é fora de cogitação? Se já mora aí e tem direito de trabalhar aí, talvez não seja tão difícil quanto o meu caso, que gostaria de ir morar no Japão mas não tenho diploma, o que pode conseguir bastante pra conseguir o visto. Pelo que li, já estando no país é bem mais factível, há demanda não atendida por desenvolvedores.
Mas no fim das contas inglês é importante se quiser um emprego fora. Talvez até mesmo dentro do mercado japonês já seja um diferencial! Pelo que tenho visto, há empresas que contratam estrangeiros e requerem comunicação em inglês também.
Ah, mas pelo que sei, o mercado de software no Japão paga bem menos que outros países de primeiro mundo, né. Eu iria praí simplesmente por ser weaboo, deve ter uma qualidade de vida bem boa, mas não sei se curtiria os impostos altos.
Morei no Japão dos meus 16 aos 21 anos, trabalhando em chão de fábrica. Hoje tenho 37.
Em 2007 voltei pro Brasil e depois de concluir o ensino médio, fiz cursinho e então pra universidade (2010-2013). Na época, achava que seria primordial para entrar na área. Hoje isso não é mais tão verdade, apesar da formação facilitar às vezes.
O boom de contratações foi uns 5 anos atrás. Agora o mercado está mais difícil, ainda mais para jr.
Sinceramente, acho bem difícil conseguir vaga aqui no Brasil sendo Jr daí do Japão, a não ser que você seja muito bom e ainda conte com um pouco de sorte. Mas não é impossível.
Difícil te sugerir alguma coisa sem ter muita informação. Vai depender de qual o seu custo de vida aí, se tem dinheiro guardado ou não e se tem condições e se topa correr o risco de voltar para o Brasil e tentar a sorte sem saber se vai dar certo... porém, se fosse te dar um conselho, eu continuaria estudando e juntando dinheiro, esperaria o mercado aquecer novamente e, quando o mercado estiver melhor e você tiver juntado uma grana, daria para voltar para cá e tentar com maiores probabilidades de sucesso...
Trabalhar remoto no Brasil morando em um país de primeiro mundo não vai rolar, pois é o pior dos mundos.
Se você já tem um inglês ok, já é possível concorrer a vagas, mas vagas para trabalho remoto exigem um programador que já sabe se virar bem, então você vai ter que estudar bastante e ter feito vários projetos práticos.
Como alternativa, assim que você já conseguir fazer o básico em desenvolvimento web, tente oferecer seus serviços para algum negócio administrado por brasileiros, pois entendo que deve ser difícil para um brasileiro conversar com programadores japoneses ou confiar em programadores brasileiros que estão do outro lado do mundo. Ainda tem coisas que só rolam presencialmente e confiança é uma delas. Melhorar o SEO da página, criar uma landing page, ver se você pode resolver uma dor do negócio usando a tecnologia, devem existir muitas oportunidades. Você pode até criar um nicho, de atender empresas no Japão geridas por brasileiros.
Você é jovem e se continuar estudando, vai conseguir trabalhar na área com certeza. Continue no seu trabalho, poupe o máximo possível para conseguir fazer a transição (uma hora não vai dar mais para conciliar os dois trabalhos) e não pare de estudar nunca.
Conheço pessoas que ficaram nessa vida de imigrante para sempre, pois o que era para ser uma situação temporária acaba virando a vida definitiva. Não conseguem poupar nada, pois acabam gastando tudo com carro, eletrônicos, viagens, filhos, nem dinheiro para pagar a passagem de volta da família para o Brasil eles têm. Muitos ficam à margem da sociedade, pois não têm plano de saúde para uma emergência ou aposentadoria em nenhum dos países, não falam japonês, os filhos mal falam português, situação muito difícil.