O mundo é assim desde sempre, mas é evidente uma decadência moral e espiritual generalizada que, por bem ou mal, chega na política, na cultura, nos negócios, na tecnologia.
Vou tentar resumir meu pensamento sobre isso: devemos fazer sempre o que é certo e não o que nos faz feliz. Isso certamente envolverá sacrifícios, coisa que a sociedade moderna esqueceu o que é, está muito distraída consumindo ou enriquecendo. Os conselhos que você indicou são para sobreviver nesse meio em putrefação, podem funcionar para a maioria das pessoas, mas a cada dia que passa vai ficando mais difícil ser o que a gente não é. Isso tem um custo. E pior, quem poderia fazer diferente, sabendo do que está errado, não o faz, para se autopreservar.
Eu prefiro tentar sempre agir da forma correta, mesmo que me custe simpatia ou popularidade. Isso faz com que eu tenha que sempre ter um plano B e C para o caso de algo não dar certo. É a vida.
Opa, man, tudo bem?
Hum... e se, por sempre fazermos o que é certo, não conseguirmos ser felizes? Acho que todos temos o direito de ser felizes nesta vida. Estamos vivendo no mundo e sabemos que os valores são invertidos aqui. Um MC, por exemplo, ganha mais do que uma pessoa que fez doutorado. Eu já fui chamado de preguiçoso, mesmo sendo o cara que mais contribui para o projeto, enquanto meus colegas, que têm mais de um emprego, fazem muito pouco na empresa, mas são chamados de proativos e produtivos. No passado, não podemos esquecer que escolheram Barrabás no lugar de Jesus.
Acho um pouco difícil ser recompensado por fazer tudo certo nesta vida, a não ser que estejamos falando do lado espiritual, da paz de espírito, de colher os frutos após a morte. Porque nesta vida, qual é a maior alegria? É ter as contas pagas no final do mês, poder dar uma roupa nova para a sua esposa, levá-la a um bom lugar. Essas coisas me deixam feliz.